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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Análise de livros didáticos

Senhores e senhoras educadores/as
A escolha do livro didático deve, necessariamente, passar pela concepção de educação que norteia o processo de ensino e aprendizagem vigente.
Neste sentido, temos que atentar para o que orientam as diretrizes nacionais do MEC, norteadas pela Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que por sua vez fundamenta-se na atual constituição brasileira.
Atualmente a educação brasileira tem como características subjacentes, postuladas nos documentos oficiais, os pilares da educação propostos pela UNESCO: Aprender a conhecer, Aprender a fazer, Aprender a ser e Aprender a conviver. Características estas que, em ultima instancia, visam à formação de cidadãos conscientes, autônomos, críticos, etc.
Assim sendo, temos uma concepção de ensino voltada para os aspectos sociais inerentes ao sujeito da aprendizagem, a autonomia intelectual advinda da interação deste sujeito com o objeto de conhecimento, bem como a interação com pares mais experientes, em um ambiente de aprendizagem afetivamente favorável, incluindo as relações pessoais, o objeto de conhecimento, espaço físico, etc. Tal concepção tem sido denominada sócio – construtivista – interacionista. Em cuja base teórica, visualizamos Piaget, Vigotsky, Wallon e Paulo Freire, também importantes estudiosos da matemática contemporânea, da linguística, etc.
Partindo desta premissa, acredito que ao nos depararmos com um livro para análise algumas questões se fazem importantes:
1- A unidade de trabalho é o texto?
2- O livro atenta para a importância dos conhecimentos prévios?
3- O livro remete às situações de aprendizagem significativas?
4- O livro contempla os conteúdos conceituais, os procedimentais e os atitudinais?
5- Há equidade entre alfabetização e letramento, mesmo em livros de matemática e/ou de outros componentes curriculares?
6- O livro traz conteúdos e/ou atividades que possibilitam uma identificação do sujeito aprendiz com os as situações de ensino e aprendizagem?
7- As atividades propostas são desafiadoras, ou seja, são problemas a serem solucionados, difíceis porem possíveis de serem resolvidos?
8- O livro traz conteúdos e/ou atividades que atentem para o novo paradigma social, cuja base é a informação e o uso de tecnologias da comunicação?
9- O livro possibilita interações entre os pares?
10- O livro remete o sujeito aprendiz a construir de seu próprio conhecimento?
11- Há ênfase nas operações do pensamento?
12- O livro é agradável, do ponto de vista das gravuras, qualidade do papel, textos, etc.?
13- O livro induz à criticidade?
14- Há preocupação com os temas transversais, especialmente meio ambientes, ética, cidadania, sexualidade, drogas, saúde, transito, etc.?

Boa análise


Ana Lucia de S. Silva (professora/formadora de professores e consultora educacional).

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