arTeira trakkinna

quinta-feira, 28 de junho de 2012

SOBRE MIM


EU SUBMERGINDO AOS MEUS SEGREDOS

CURIOSIDADES DE UMA AQUARIANA
Dizem que as aquarianas são de vã guarda, que vivem muitos anos a frente de seu tempo, que transgridem, que quebram paradigmas, são desprendidas, são felizes, espiritualizadas,vivem em constante vai e vem, que amam, que choram, sofrem, mas olham sempre para frente. Sou tudo isto, como boa aquariana.
Por essas e outras adoro gente, de toda cor, raça, credo, orientação sexual, enfim gente.
Para conhecer gente gosto de adentrar nos mais diversos universos, pois preciso, sinto fome de conhecimento da alma humana.Numa de minhas andanças por este caminho adentrei ao universo do BDSM, uma forma de vida de muita gente, pelo mundo afora, que inclui o prazer pela Bondage - tipo de imobilização- Dominação, Sadismo( termo advindo de SADE) e Masoquismo ( relacionado a Masoch). Em resumo: pessoas que gostam de se sobreporem às outras e pessoas que gostam de serem subjugadas. Incluindo o erotismo e o apelo sexual nestas vivências.
Bem, como disse, adentrei neste universo para entender porque as pessoas gostam de humilhar, bater, amarrar, introduzir objetos em corpos, etc. e outras que sentem prazer em serem peças desta engrenagem, na condição de "pseudo passivos" (já que tudo é de forma consentida).
Para isto visitei sites que falassem do assunto, conheci pessoas interessantes, inteligentes, outras nem tanto ( só buscavam sexo) e entrei numa rede social voltada para o tema.
Depois de muito conversar, de ver situações, sentir-me até bastante interessada numa vivência, cheguei a uma conclusão e foi nesta rede social que escrevi o seguinte texto:

Pensando bem, estes dias por aqui tem me ensinado muito.
Quando comecei a percorrer, no meu imaginário, pelos caminhos aqui delineados eu achava que poderia encontrar verdades. Haja vistas que acreditamos que aqui muitos se despem e mostram muito do que escondem do mundo.
No principio era tudo intrigante, depois fascinante.
Mas as máscaras caem, mesmo aquelas que supostamente já estavam ao chão.
Percebe-se palavras repetidas, cenas já outrora vividas com outrem. Uma coisa aqui, outra ali e vamos descobrindo que, também aqui, há muita hipocrisia neste universo.
Tudo não passa de um faz de conta ao avesso.Com riscos! Muitos riscos! Especialmente para o equilíbrio emocional. As marcas físicas não são nada em relação as psíquicas. Estas podem nunca sararem.
Critica-se o universo baunilha, fala-se de emoções e sentimentos verdadeiros, mas é tudo balela.
Então me pergunto: por que esta busca desenfreada por emoções que supostamente trazem felicidade, mas que na verdade são tão vulneráveis quanto aquelas marginalizadas por serem tidas como "normais?"
Percebo que aqui não há iguais se buscando, mas cada um, individualmente, buscando no outro repostas para suas indagações. Demonstrando total impotência para encontrar respostas dentro de si mesmos.
Há gente por aqui querendo ser Deus, gigante, ser adorado. Muito narcisismo, creio. Que ser humano tem capacidade de ser pelo menos semi deus? Por outro lado, há tanto (a)s outro (a)s que se transformam em míseros ratos para se punirem, se flagelarem, como se um suposto DEUS, homem ou mulher, pudesse pulhar seus pseudos pecados.

Por isto, revendo_ME me redescubro. Sou uma baunilha, vanilla, planifolia, como queiram. Só quero "comer, amar e rezar". Beijar na boca, dormir de conchinha, sentir medo de perder, brigar para depois fazer as pazes, enfim...brincar de ser feliz, como todo mundo. Mas acima de tudo não crer mais em tanta baboseira. Quem foi disse que baunilha não tem sabor? Que não tem gosto? Tem sim. Experimentemos um licor de maçã com um toque de baunilha e depois a mesma bebida sem esta essência...hum, é totalmente diferente.

E, parafraseando um influente politico, digo: Beijo pra quem for beijo, abraço para quem for abraço! E, não se enganem: os S/m também mentem, trapaceiam, traem, se escondem atras de suas próprias incapacidades, assim como qualquer mortal. Não é ser Sado, sub, switer ou baunilha que garante paz e serenidade, mas a capacidade de lidar com os próprios sentimentos e ser feliz sozinho, tendo no outro apenas uma completude! Buscar no outro, como diz os Nonatos, "a metade de dentro feita fora de mim".

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