sábado, 7 de julho de 2012
Morre o homem (falível) Ronaldo José da Cunha Lima, mas seu legado como politico, como artista, literata e amigo permanecerá no coração daqueles que tanto o admiram; a grande família paraibana.
Hoje, 07/07/2012, morreu Ronaldo José da Cunha Lima, brilhante poeta, jurista, orador e politico atuante, tanto no âmbito municipal ( Campina Grande-PB), quanto na instância estadual-PB ,assim como na esfera federal.
Acima de tudo era um humanista, na concepção da palavra. Era um amante da literatura,da música e da cultura, como um todo, apesar de toda simplicidade.
A Paraíba perde um homem, mas não perde o seu legado. Neste momento toda sua obra, ainda desconhecida por muitos, virá à tona, assim como todas as honrarias que teve durante sua vida.
Era um homem simples, apesar de todo seu fazer que entrará para a história.
Teve uma vida muito simples, quando menino, adolescente, jovem,enfim, em toda sua existência, indo de engraxate a vendedor de jornais, passando também pela profissão de garçom para estudar e ajudar sua mãe, a qual ficara viúva muito cedo, cabendo a ele o sustento da família.
O poeta Ronaldo colocou Campina Grande no cenário nacional.
Humanizou a Prefeitura Municipal de Campina Grande, dando notabilidade aos funcionários. Foi o primeiro prefeito a fazer concurso para se adentrar ao serviço público municipal. Pagava rigorosamente em dia e até antecipadamente, por ocasião das festas tradicionais. Lembrava, com carinho dos funcionários, oferecendo feira no dia dos funcionários, peixe e vinho na semana santa, sem esquecer as iguarias das festas natalinas. Foi o primeiro prefeito e governador a propiciar aos funcionários uma conta bancária.
Era um sonhador, um trovador, amante da poesia e das letras e era um homem do povo.
Campina se fez conhecida através deste homem. Principalmente ao defender a vida e poesia de Augusto dos Anjos em uma emissora de TV, durante várias semanas,com maestria, num programa de âmbito nacional, chegando ao prêmio.
Ronaldo ( o homem falível, com defeitos) partiu, talvez para uma outra dimensão. Mas o politico,o artista, o jurista, o literata e o amigo não foi, está eternizado em sua obra, incluindo seus famosos discursos ( tinha o dom da oratória).
A Paraíba está de luto. A tristeza se expressa nas milhares de faces de quem o amava ou que apenas o admirava.
Felizmente seu legado acalentará a saudade.
E para lembrar do seu mais conhecido poema, associado a sua capacidade jurística, deixo-o aqui:
HABEAS PINHO
(Ronaldo Cunha Lima e Roberto Pessoa de Souza)
Numa serenata acontecida na Paraíba, alguns "cantores" foram presos.
No dia seguinte eles foram libertados, mas o violão, ficara detido.
Ronaldo Cunha Lima, poeta e jurista defendeu a soltura do instrumento com a seguinte petição ao Juiz da Comarca.
Senhor Juiz.
Roberto Pessoa de Sousa
O instrumento do “crime”que se arrola
Nesse processo de contravenção
Não é faca, revolver ou pistola,
Simplesmente, Doutor, é um violão.
Um violão, doutor, que em verdade
Não feriu nem matou um cidadão
Feriu, sim, mas a sensibilidade
De quem o ouviu vibrar na solidão.
O violão é sempre uma ternura,
Instrumento de amor e de saudade
O crime a ele nunca se mistura
Entre ambos inexiste afinidade.
O violão é próprio dos cantores
Dos menestréis de alma enternecida
Que cantam mágoas que povoam a vida
E sufocam as suas próprias dores.
O violão é música e é canção
É sentimento, é vida, é alegria
É pureza e é néctar que extasia
É adorno espiritual do coração.
Seu viver, como o nosso, é transitório.
Mas seu destino, não, se perpetua.
Ele nasceu para cantar na rua
E não para ser arquivo de Cartório.
Ele, Doutor, que suave lenitivo
Para a alma da noite em solidão,
Não se adapta, jamais, em um arquivo
Sem gemer sua prima e seu bordão
Mande entregá-lo, pelo amor da noite
Que se sente vazia em suas horas,
Para que volte a sentir o terno açoite
De suas cordas finas e sonoras.
Liberte o violão, Doutor Juiz,
Em nome da Justiça e do Direito.
É crime, porventura, o infeliz
Cantar as mágoas que lhe enchem o peito?
Será crime, afinal, será pecado,
Será delito de tão vis horrores,
Perambular na rua um desgraçado
Derramando nas praças suas dores?
Mande, pois, libertá-lo da agonia
(a consciência assim nos insinua)
Não sufoque o cantar que vem da rua,
Que vem da noite para saudar o dia.
É o apelo que aqui lhe dirigimos,
Na certeza do seu acolhimento
Juntada desta aos autos nós pedimos
E pedimos, enfim, deferimento.
O juiz Roberto Pessoa de Sousa, por sua vez, despachou utilizando a mesma linguagem do poeta Ronaldo Cunha Lima: o verso popular.
Recebo a petição escrita em verso
E, despachando-a sem autuação,
Verbero o ato vil, rude e perverso,
Que prende, no Cartório, um violão.
Emudecer a prima e o bordão,
Nos confins de um arquivo, em sombra imerso,
É desumana e vil destruição
De tudo que há de belo no universo.
Que seja Sol, ainda que a desoras,
E volte á rua, em vida transviada,
Num esbanjar de lágrimas sonoras.
Se grato for, acaso ao que lhe fiz,
Noite de luz, plena madrugada,
Venha tocar à porta do Juiz.
ARTE: POEMA DE AUGUSTO DOS ANJOS/Vandalismo
Vandalismo
Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.
Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.
Como os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos ...
E erguendo os gládios e brandindo as hastas,
No desespero dos iconoclastas
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.
Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.
Como os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos ...
E erguendo os gládios e brandindo as hastas,
No desespero dos iconoclastas
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
quinta-feira, 5 de julho de 2012
MEGALOMANÍACOS: MAIOR ARRANHA CÉU DA EUROPA OCIDENTAL E UNIÃO EUROPÉIA, LONDRES/ MAIOR CIDADE ALTA DO MUNDO, "THE SHARD".
UM POUCO FÚTIL, MAS JUSTIFICÁVEL
Sou pequenininha, do tamanho de um grão, não de arroz, de chia (modismo dos pretensos magros de plantão)ou outro grãozinho qualquer. Sou um pequenino grão de amor.Mas dentro de mim residem coisas grandes: solidariedade, ética, senso de justiça, companheirismo, amizade e etc. Mas estas também são pequeninas, se comparadas com a entrega de Jesus Cristo, à nobreza de espírito de Madre Tersa de Calcutá, a paz de Mahatma Gandhi e outros grandes nomes que se destacam pelo passado ou pelo presente da história da sociedade.
Dada a minha pequenez, tenho também muitos defeitos, inúmeros e incontáveis. Dentre eles, deparo-me com um lado megalomaníaco em mim. Este lado é justificável pela capacidade de admirar a criatividade e inventividade do homem.
Hoje, esta nuance está fascinada com a beleza e magnitude dos maiores prédios do mundo.Motivada, é lógico, pela inauguração do "The Shard", em Londres, o qual se constitui no maior edifício da Europa Ocidental e da União Européia.
O arranha céu mede 310 metros e possui 95 andares. Está sendo apelidado de a cidade mais alta do mundo, pois comporta, em seu interior, tudo o que uma grande cidade tem.
A criatividade do arquiteto italiano Renzo Piano concretizou-se em uma enorme torre de vidro e aço que levou 12 anos para ser concluída.
Em tempo, o prédio, apesar de sua magnitude e de todos os méritos dos operários e outros trabalhadores, diretos e indiretos, também é maculado por polêmicas acerca da estética, mas principalmente por problemas de financiamentos.
Vejamos, agora, em fotos de Reuters, garimpadas na net, o famoso arranha céu, o qual começará a funcionar, efetivamente, partir de 27 de julho. Com vistas às Olimpíadas.
Sou pequenininha, do tamanho de um grão, não de arroz, de chia (modismo dos pretensos magros de plantão)ou outro grãozinho qualquer. Sou um pequenino grão de amor.Mas dentro de mim residem coisas grandes: solidariedade, ética, senso de justiça, companheirismo, amizade e etc. Mas estas também são pequeninas, se comparadas com a entrega de Jesus Cristo, à nobreza de espírito de Madre Tersa de Calcutá, a paz de Mahatma Gandhi e outros grandes nomes que se destacam pelo passado ou pelo presente da história da sociedade.
Dada a minha pequenez, tenho também muitos defeitos, inúmeros e incontáveis. Dentre eles, deparo-me com um lado megalomaníaco em mim. Este lado é justificável pela capacidade de admirar a criatividade e inventividade do homem.
Hoje, esta nuance está fascinada com a beleza e magnitude dos maiores prédios do mundo.Motivada, é lógico, pela inauguração do "The Shard", em Londres, o qual se constitui no maior edifício da Europa Ocidental e da União Européia.
O arranha céu mede 310 metros e possui 95 andares. Está sendo apelidado de a cidade mais alta do mundo, pois comporta, em seu interior, tudo o que uma grande cidade tem.
A criatividade do arquiteto italiano Renzo Piano concretizou-se em uma enorme torre de vidro e aço que levou 12 anos para ser concluída.
Em tempo, o prédio, apesar de sua magnitude e de todos os méritos dos operários e outros trabalhadores, diretos e indiretos, também é maculado por polêmicas acerca da estética, mas principalmente por problemas de financiamentos.
Vejamos, agora, em fotos de Reuters, garimpadas na net, o famoso arranha céu, o qual começará a funcionar, efetivamente, partir de 27 de julho. Com vistas às Olimpíadas.
domingo, 1 de julho de 2012
SÃO JOÃO EM CAMPINA GRANDE, PB: Sítio São João
Sítio São João: réplica de um sítio da Paraíba, de décadas atrás, quando não havia tanta tecnologia na paisagem rural. Nesta foto observa-se um poço artesiano, para suprir as casas de água e uma fogueira, tradição das noites de Santo Antônio, São João e São Pedro.Não há como falar de festas juninas sem falar em campina Grande. São 30 dias de festa, em média 600 horas de forró, sem considerar a simultaneidade da música e da dança em distintos lugares. É uma mistura de saudosismo que remonta às tradições, a cultura nordestino e o folclore e de modernidade, através das diversas mídias, das informações em tempo real, instrumentos musicais elétricos, enfim, um caldeirão no qual há música, dança, comidas, etc. para todos os gostos.
Mas, neste post, quero dar atenção ao Sítio. Ao adentrarmos àquele espaço nos deparamos com um espaço preparado, mas altamente natural ( haja vistas que a paisagem vegetal é totalmente natural, incluindo pés de milho e feijão, entre outras plantas), que nos faz
querer voltar no tempo e recuperar nossas raízes. É uma aula concreta de história, geografia, artes, linguagens e por ai afora. É um museu vivo, a céu aberto.
Quem nunca viu um sítio de perto impressiona-se e quem já viveu num sítio também impressiona-se.
Dentro do sítio há uma budega, uma mercearia, como queiram
O forró rola solto a partir das dez da manhã, todos os dias. No sítio só trios de pé de serra e forroseiros tradicionais, especialmente os da terra, a exemplo de Biliu de Campina, o qual inspira-se em Jackson do Pandeiro
Aqui umadifusora, anunciando as atrações, mandando mensagens aos participantes,recadinhos de paqueras, fazendo anúncios. Tudo como acontecia antigamente
No sítio também tem uma lambe lambe, máquina antiga de tirar fotos
No sítio se apresentam grupos de danças folclóricas, incluindo quadrilhas
No sítio tem casa de farinha
Turistas adentrando ao sítio em um dia com pouco movimento
Em frente ao sítio há um treminão ou tremendão, um caminhão estilizado que conduz os turistas para Matinhas, a terra da tangerina e onde o forró rola solto, a céu aberto
Ariano Suassuna sendo homenageado por seu legado literário e em especial por ser um defensor das tradições nordestinas e do folclore, nas dependências do sítio
COMPORTAMENTO:Relacionamento via internet X Relacionamento real
Relacionamento via internet X Relacionamento real
Para analisarmos os relacionamentos na net necessitamos, antes de tudo, pensar nas diferenças e nos aspectos em comum que há entre relacionamentos reais, presenciais (como conceituou o John Suller, in-person relationships) e relacionamentos virtuais. Para este psicólogo, o real se dá pela aproximação física, pelo contato físico, entre duas pessoas e a virtual se dá pela mediação do computador.
Entendo que ambos os relacionamentos pressupõem comunicação e interações. Muito embora no virtual você possa pensar melhor, elaborar as ideias, ver o que deve ou não ser dito, pois existe a possibilidade do discurso ser lido, relido e respondido sem a presença do (a) locutor/interlocutor. Isto na perspectiva de correio eletrônico e das possibilidades para se arquivar conversas para futuras leituras. A comunicação e as interações virtuais favorecem ainda na escolha de palavras bem articuladas, pois permite um tempinho para deixar fluir o pensamento. Os impulsos são minimizados.
Entendo que o que diferencia também são as impossibilidades do toque, do olfato e do paladar.
Entretanto, tenho em mente, que somos o que somos em qualquer um desses relacionamentos. A não ser que haja uma patologia como a psicopatia envolvida nesta trama. Pois, realmente o (a) psicopata age friamente, pensando e repensando, sem sentimentos, sobre cada um dos seus passos e quando deixa rastro é porque desafia as pessoas a descobrirem quem está por trás de seus atos.
Acredito que quem se esconde atrás de falsas promessas, de mentiras desmedidas, quem programa conversas e quem não diz o que realmente pensa no mundo virtual também o faz no mundo real. A diferença é que há certa parcimônia, para que o intuito não apreça tão rapidamente. Por outro lado, quem não diz o que deseja e quem esconde pensamentos também o faz por um desejo que só faz sentido em conformidade com seus sentimentos, portanto para si mesmo (a).
Portanto, acho mais fácil as pessoas dizerem o que realmente querem na comunicação virtual. Até porque há emoções que podem ser suprimidas, como a inibição, por exemplo. Mas, assim como na comunicação presente, há como outros sentimentos que subjazem nas palavras, frases, enfim no texto. Como: indiferença, ciúme, ódio, decepção, raiva, expectativas, crenças, felicidade, etc.
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