arTeira trakkinna

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Benditas mulheres ( Rose Busko)

Benditas essas mulheres da minha terra,


Que trazem as faces açoitadas


pelos chicotes dos anos.


Benditas essas mulheres da minha terra,


que ostentam com orgulho e brilho


as mãos fortes pro trabalho


e as faces coradas de seus filhos.


Que abrigam num só regaço,


dos filhos a energia infinita,


dos maridos, infinito cansaço.


Guerreiras silenciosas,


misto de espinhos e rosas.


Sem murmúrios, sem lamentos,


cada qual com sua cruz.


Rochas parindo água,


trevas parindo luz.


Em um dia de bendita magia,


numa explosão de luz e flor,


num parto sadio e sem dor,


É capaz, bem capaz,


que uma mulher da minha terra


Consiga parir a paz!

A despedida do amor

A despedida do amor
Marta Medeiros

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida...
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a 'dor-de-cotovelo'
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Carnaval; projeto didático para II Ciclo(Fund. I)




"Samba I" Gabriele Longobardi - Pintura em óleo sobre tela

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo





Projeto didático:
Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô...o carnaval chegou

Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô...o carnaval chegou

Allah-la-ô (marcha/carnaval)
Haroldo Lobo
Composição: Haroldo Lobo e Nássara - 1941
Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O Sol estava quente, queimou a nossa cara
Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô...
Viemos do Egito
E muitas vezes nós tivemos que rezar
Allah, Allah, Allah, meu bom Allah
Mande água pro iôiô
Allah, meu bom Allah,
http://letras.terra.com.br/haroldo-lobo/691753/

Justificativa
Os alunos, desde cedo, se deparam, direta ou indiretamente, com situações carnavalescas. Seja através das chamadas midiáticas, como as do rádio e da TV, seja através de familiares e mesmo das próprias crianças, motivadas pelos adultos.
Carnaval é uma manifestação cultural popular
Assim sendo, se constitui num excelente objeto de conhecimento a ser desvendado. Em especial, por sua significância social e cultural, mas também porque permite múltiplas situações de integração de conteúdos e de interdisciplinaridade. Além disto, a esta momesca também pode suscitar diversos questionamentos a respeito de nossa ancestralidade africana. E como tal não pode ser dissociado das práticas escolares.
Publico Alvo
Alunos do segundo ciclo do Ensino Fundamental I

Objetivo Geral

Promover o estudo do carnaval como um conteúdo que levará os alunos a valorizarem a festa como um evento com fortes raízes na cultura africana.

Objetivos Específicos
• Conhecer a origem do carnaval;
• Ler e ouvir textos informativos, de cunho jornalístico e/ou científico, acerca do carnaval no Brasil;
• Buscar, nas Artes, na Literatura na História as relações entre os festejos de momo e a cultura afra brasileira;
• Estabelecer uma linha de tempo do surgimento do carnaval até os dias de hoje;
• Identificar as principais semelhanças e diferenças do carnaval nas mais diferentes regiões do Brasil, em especial Rio de Janeiro, Pernambuco e Salvador;
• Identificar as diversas expressões musicais presentes no carnaval brasileiro;
• Cantar e dançar músicas carnavalescas;
• Comparar canções, adereços e danças das mais diversas regiões brasileiras;
• Aprender a ler e escrever tendo como suporte as letras de musicas carnavalescas como marchinhas, sambas, frevo e axé, por exemplo;
• Conhecer obras de arte, e/ou seus artistas, que retratem o carnaval brasileiro (compositores, coreógrafos, cantores, cenógrafos, pintores, escultores, etc.);
• Socializar com os demais alunos da Escola informações acerca do carnaval no Brasil, através de textos, músicas (samba), fantasias, etc.
Conteúdos
• Origem do carnaval;
• Textos informativos (jornalístico) e cientifico acerca do carnaval;
• Festejos carnavalescos na Arte, na Literatura e na História;

• Musicam carnavalescas: marchinhas, sambas, frevo e axé;
• Principais danças carnavalescas;
• Compositores, coreógrafos, cantores, cenógrafos, pintores e escultores que fazem parte do universo carnavalesco brasileiro.

Atividades
• Conversas informais sobre o carnaval no mundo e no Brasil;
• Texto expositivo sobre a história do carnaval;
• Pesquisas sobre o carnaval do Brasil através de entrevistas com familiares, fotos, textos, etc.;
• Organizar uma linha de tempo do carnaval, do surgimento aos dias de hoje;
• Ler e contar histórias que abordem a temática carnaval;
• Leitura e escuta de textos informativos e científicos sobre o carnaval;
• Através de vídeos, pesquisa em TV, revistas, jornais, etc., ressaltar as diversas maneiras de comemorar o carnaval (Músicas, danças, mela-mela, ruas, blocos, bailes, concursos de fantasias, desfile de escolas de samba, etc.).
• Ouvir, decorar e cantar sambas e/o axés;
• Imitar passos de dança de samba e/o axé;
• Leitura e escrita de samba/axé que sabe de cor;
• Produção escrita de resumos acerca dos textos lidos sobre o carnaval, com revisão e reescrita;
• Estudo da vida e obra de artistas que falam do carnaval no Brasil;
• Releitura de obras( fazer artístico) de arte sobre o carnaval no Brasil
• Reescrita de textos
• Rodas de leitura com contos carnavalescos.
• Apresentação de danças: samba e axé;
• Dramatização envolvendo adereços/fantasias, canto e dança.
Produto final
Realização de um baile de carnaval com a participação de todos, inclusive quanto à decoração do ambiente.
Apresentação de cantos e dança de marchinhas, com alunos vestidos a caráter.

Cronograma
28/02 a 04/03/2011

Material de apoio
HISTÓRIA DO CARNAVAL
Claudia M. de Assis Rocha Lima (Pesquisadora)


ORIGEM DO CARNAVAL
Dez mil anos antes de Cristo, homens, mulheres e crianças se reuniam no verão com os rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demônios da má colheita. As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis.
Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da volta da primavera, que simbolizava o Renascer da Natureza. Mas num ponto todos concordavam. As grandes festas com o carnaval estão associadas a fenômenos astronômicos e a ciclos naturais. O carnaval se caracteriza por festas, divertimentos
públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas. Na Europa, os mais famosos carnavais foram ou são: os
de Paris, Veneza, Munique e Roma, seguidos de Nápoles, Florença e Nice.

CARNAVAL NO BRASIL
O carnaval foi chamado de Entrudo por influência dos portugueses da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde, que
trouxeram a brincadeira de loucas correrias, mela- mela de farinha, água com limão, no ano de 1723, surgindo depois as batalhas de confetes e serpentinas. No Brasil o carnaval é festejado tradicionalmente no sábado, domingo, segunda e terça- feiras anteriores aos quarentas dias que vão da quarta- feira de cinzas ao domingo de Páscoa.
Na Bahia é comemorado também na quinta- feira da terceira semana da Quaresma, mudando de nome para Micareta. Esta festa deu origem a várias outras em estados do Nordeste, todas com características baianas, com a presença indispensável dos Trios Elétricos e são realizadas no decorrer do ano; em Fortaleza realiza- se o Fortal; em Natal, o Carnatal; em João Pessoa, Micaroa; em Campina Grande, Micarande; em Maceió, o Carnaval Fest; em Caruaru, o Micarú; em Rec ife, o Recifolia, etc. “Hoje, algumas destas festas deixaram de existir, a exemplo da Micaroa e da Micarande- Adendo de Ana Lucia”.
CARNAVAL NO RECIFE

Século XVII- De acordo com as antigas tradições, mais ou menos em fins do século XVII, existiam as
Companhias de Carregadores de Açúcar, Companhia de Carregadores de Mercadorias. Estas companhias geralmente se reuniam para estabelecer acordo no modo de realizar alguns festejos, principalmente para a Festa de Reis, Esta massa de trabalhadores era constituída, em sua maioria, de pessoas da raça negra, livres ou escravos, que suspendiam suas tarefas a partir do dia anterior à festa de Reis. Reuniam- se cedo, formando cortejos que consistia de caixões de madeira carregados pelo grupo festejantes e, sentado sobre ele uma pessoa conduzindo uma bandeira. Caminhavam improvisando cantigas em ritmo de marcha, e os foguetes eram ouvidos em grande parte da c idade.

Século XVIII - Os Maracatus de Baque Virado ou Maracatus de Nação Africana surgiram particularmente a partir do século XVIII. Melo Morais Filho, escritor do século passado, no seu livro "Festas e Tradições Populares", descreve uma Coroação de um Rei Negro em 1742. Pereira da Costa, à página 215 do seu livro, "Folk Lore Pernambucano", transcreve um documento relativo à coroação do primeiro Congo, realizada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, da Paróquia da Boa Vista, na c idade do Recife. Os primeiros registros destas cerimônias
de coroação, datam da segunda metade deste século nos adros das igrejas do Recife, Olinda, Igarassu e Itamaracá, no estado e Pernambuco, promovidas pelas irmandades de NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS e de SÃO BENEDITO.
Século XIX - Depois da abolição da escravatura, em 1888, os patrões e autoridades da época permitiram que surgissem as primeiras agremiações carnavalescas formadas por operários urbanos nos antigos bairros comerciais. Supõe- se que as festas dos Reis Magos serviram de inspiração para a animação do carnaval recifense.
De acordo com informações de pessoas antigas que participaram desses carnavais, possivelmente o primeiro clube que apareceu foi o dos Caiadores. Sua sede ficava na Rua do Bom Jesus e foi fundador, entre outros, um português de nome Antônio Valente. Na terça- feira de carnaval à tarde o clube comparecia à Matriz de São José, tocando uma linda marcha carnavalesca e os sócios levando nas mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e caiavam (pintavam), simbolicamente. Outros Clubes existiam no bairro do Recife: Xaxadores, Canequinhas Japonesas, Marujos do Ocidente e Toureiros de Santo Antônio.

Século XX - O carnaval do Recife era composto de diversas sociedades carnavalescas e recreativas, entre todas destacava- se o Clube Internacional, chamado clube dos ricos, tinha sua sede na Rua da Aurora, no Palácio das
Águias. A Tuna Portuguesa, hoje Clube Portuguêsa, tinha sua sede na Rua do Imperador. A Charanga do Recife, sociedade musical e recreativa, com sede na Avenida Marquês de Olinda, Recreativa Juventude, agremiação que reunia em seus salões a mocidade do bairro de São José. O carnaval do início deste século era realizado nas ruas da Concórdia, Imperatriz e Nova, onde desfilavam papangus e máscaras de fronha(fronhas rendadas enfiadas na cabeça e saias da cintura para baixo e outra por sobre os ombros), esses mascarados sempre se apresentavam em grupos. Nesses tempos, o Recife não conhecia eletricidade, a iluminação pública lampiões queimando gás carbônico. Os transportes nos dias de carnaval vinham superlotados dos subúrbios para a cidade.
As linhas eram feitas pelos trens da Great Western e Trilhos Urbanos do Recife, chamados xambombas, que traziam os foliões da Várzea, Dois Irmãos, Arraial, Beberibe e Olinda. A companhia de Ferro Cabrondens, puxados a burro, trazia foliões de Afogados, Madalena e Encruzilhada. Os clubes que se apresentaram entre
1904 e 1912 foram os seguintes: Cavalheiros de Satanás, Caras Duras, Filhos da Candinha e U.R.M., último criado como pilhéria aos homens que não tinham mais virilidade.

O Corso - Percorria o seguinte itinerário: Praça da Faculdade de Direito, indo pela Rua do Hospício, seguindo pela Rua da Imperatriz, Rua Nova, Rua do Imperador, Princesa Isabel e parando, finalmente na Praça da Faculdade. O corso era composto de carros puxados a cavalo com cabriolé, aranha, charrete e outros. A brincadeira no corso era confete e serpentina, água com limão e bisnagas com água perfumada.
Também havia caminhões e carroças puxadas a cavalo e bem ornamentadas, rapazes e moças tocavam e cantavam marchas da época dando alegre musicalidade ao evento. Fanfarras contratadas pelas famílias desfilavam em lindos carros alegóricos.

http://www.cvdee.org.br/evangelize/pdf/6_0928.pdf

Teatro Samba da nossa gente
(Monique Saliba)

Duração : 20 Minutos
Cenário: CDs velhos pintados pelas crianças fazendo um móbile no teto e painel de fundo azul com CDs colados.
Roteiro do Teatro:
(Narrador) O Brasil é um país muito rico, na nossa cultura temos vários estilos musicais, mas existe um ritmo que está no sangue desde bebês - o samba. Mesmo quem não sabe dançar, sabe dar uns passinhos e mexer o seu corpinho. Vamos viajar agora no tempo do samba da nossa gente...
• Entram crianças (vestidas de sambistas, com roupas coloridas ou fantasias) sambando ao som da música Aquarela do Brasil.
(Narrador) No samba temos alegria e magia, além de muito ritmo que sempre acompanhado de diversos instrumentos fazem ferver e vibrar nosso corpo.
• Entram as crianças tocando diversos instrumentos de percussão como: maracas, pandeiros e tambores, que poderão ser confeccionados de sucata .
(Narrador) Mas não pára por aí! Falar de samba é falar em Carmen Miranda que neste ano comemora o centenário de uma personagem que tem muita história. Vamos, então, homenageá-la, trazendo beleza e graciosidade dos seus movimentos . A alegria, a cor, o movimento, a música, fazem parte de um Brasil que gostamos de reconhecer como nosso.
• Entram crianças vestidas de Carmen Miranda sambando ao ritmo da Música O que é que a baiana tem?
(Narrador) As máscaras trazem um encantamento, um mundo imaginário, podemos transformar em fadas, bruxas, princesas ou super heróis. Tudo é permito neste universo de faz de conta e fantasia. Falar em Carnaval é permitir que o samba, a fantasia e a animação façam parte do nosso mundo infantil, com marchinhas inesquecíveis, de vários anos de tradição e memória.
• Entram crianças fantasiadas com máscaras diversas, ao som de marchinhas carnavalescas antigas como: As Pastorinhas, Mamãe eu quero, Máscara Negra, entre outras.
(Narrador) Ah! Que beleza! O samba é raça, é nosso povo e temos muito que comemorar, afinal de contas hoje é dia de Carnaval e vamos todos agora sambar e fazer desta festa mais que uma data, mas um momento de celebração da cultura do nosso povo, que faz parte dos nossos corações.
• Entram todos pulando e dançando ao som da música Hoje é dia de Carnaval de: Paulo e Zé Tatit.
OBS: Para encerrar o teatro os pais/responsáveis devem ser convidados a dançarem junto com seus filhos. Durante a dança os professores devem animar lançando confetes e serpentinas, oferecendo às crianças e adultos para que também os lancem.
Monique Corrêa Saliba – Professora de dança, teatro e música. Especialista em técnicas de teatro infantil e coreografias para eventos diversos.
Livros infantis revelam como é bom o Carnaval!
É com essa que eu vou!
Lúcia Fidalgo / Larousse Júnior
Uma menina surpreende a todos e a si mesma ao decidir fazer as coisas a seu modo. Cansada de usar a fantasia que sua mãe escolhe todo ano para o baile de carnaval, ela vê um anúncio de jornal e tem uma ideia… Que fantasia será que a garota vai usar?
A Escola do Cachorro Sambista
Felipe Ferreira e Mariana Massarani / Ed. Ática
Um cachorro contando o dia a dia de uma escola de samba cujo título do enredo é “A história de Dona Baratinha”. Muitas surpresas irão aontecer…
http://www.portalibahia.com.br/blogs/brincantes/?tag=livros-sobre-carnaval

SAMBAS MAIS CANTADOS

Mãe-África ( Clara Nunes)

No sertão mãe que me criou
Leite seu nunca me serviu
Preta-Bá foi que amamentou
"Fio" meu e o "fio" de meu "fio"

No sertão mãe-preta me ensinou
Tudo aqui nós que construiu
"Fio" tu tem sangue nagô
Como tem todo esse Brasil

Oie pros meus irmãos de Angola, África
Oie pra Moçambique e Congo, África
Oie pra toda nação Bantu, África
Oie do tempo do quilombo, África

Pelo bastão de Xangô
E o caxangá de Oxalá
Filho Brasil pede a benção
De Mãe-África

Coisinha Do PaiBeth Carvalho
Compositor: Jorge Aragão


Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai

Você vale ouro
Todo meu tesouro
Tão formosa da cabeça aos pés
Vou lhe amando
Lhe adorando
Digo mais uma vez
Agradeço a Deus porque lhe fez

Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai

Charmosa
Tão dengosa
Que só me deixa a prosa
Tesouro
Vale ouro
Agradeço a Deus porque lhe fez

Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai

Você vale ouro
Todo meu tesouro
Tão formosa da cabeça aos pés
Vou lhe amando
Lhe adorando
Digo mais uma vez
Agradeço a Deus porque lhe fez

Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai

Charmosa
Tão dengosa
Que só me deixa a prosa
Tesouro
Vale ouro
Agradeço a Deus porque lhe fez

Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Oh Coisinha tão bonitinha do pai
Beth Carvalho - A Chuva Cai
Música enviada por: Letras de Músicas
A chuva cai la fora
Você vai se molhar
Já lhe pedi, não vai embora
Espere o tempo melhorar
Ate a própria natureza,
Está pedindo pra você ficar

Atenda o apelo desse alguém que lhe adora
Espere um pouco
Não vá agora

Você ficando vai fazer feliz um coração
Que esta cansado de sofrer desilusão

Espero que a natureza
Faça você mudar de opinião

Malandro É Malandro, Mané É Mané
Diogo Nogueira –

E malandro é malandro e mané é mané
Podes crer que é
E malandro é malandro e mané é mané
Podes crer que é

Malandro é o cara que sabe das coisas
Malandro é aquele que sabe o que quer
Malandro é o cara que ta com dinheiro
E não se compara com um Zé Mané
Malandro de fato é um cara maneiro
E não se amarra em uma só mulher

E malandro é malandro e mané é mané
Podes crer que é
E malandro é malandro e mané é mané
Podes crer que é

Já o Mané ele tem sua meta
Não pode ver nada que ele cagüeta
Mané é um homem que moral não tem
Vai pro samba paquera e não ganha ninguém
Está sempre duro é um cara azarado
E também puxa saco pra sobreviver
Mané é um homem desconsiderado
E da vida ele tem muito que aprender

E malandro é malandro e mané é mané
Podes crer que é
E malandro é malandro e mané é mané
Podes crer que é.
www.letrasdemusicas.com.br
Bum bum paticumbum prucurundum
Roberto Ribeiro
Composição: Beto sem Braço e Aluísio Machado
Enfeitei meu coração
De confete e serpentina
Minha mente se fez menina
Num mundo de recordação
Abracei a Coroa Imperial
Fiz meu carnaval
Extravasando toda minha emoção
Oh ! Praça Onze tu es imortal
Teus braços embalaram o samba
A sua apoteose é triunfal
De uma barrica se fez uma cuíca
De outra barrica um surdo de marcação
Com reco-reco, pandeiro e tamborim
E lindas baianas o samba ficou assim
E passo a passo no compasso o samba cresceu
Na Candelária construiu seu apogeu
As burrinhas que imagem, para os olhos um prazer
Pedem passagem pros Moleques de Debret
"As Africanas", que quadro original
Iemanjá, Iemanjá enriquecendo o visual
(Vem meu amor...)
Vem meu amor manda a tristeza embora
É carnaval, é folia neste dia ninguém chora
Super Escolas de Samba S/A
Super- alegorias
Escondendo gente bamba
Que covardia !
Bumbum Paticumbum Prugurundum
O nosso samba minha gente é isso aí
Bumbum Paticumbum Prugurundum Contagia
http://letras.terra.com.br/roberto-ribeiro/976208/ndo a Marquês de Sapucaí

Samba Enredo 1988 - 100 Anos de Liberdade, Realidade Ou Ilusão
G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (RJ)

O negro samba, o negro joga a capoeira
ele é o rei na verde-rosa da mangueira
Será...
Que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será...
Que a lei áurea tão sonhada
Há tanto tempo assinada
Não foi o fim da escravidão
Hoje dentro da realidade
Onde está a liberdade
Onde está que ninguém viu
Moço
Não se esqueça que o negro também construiu
As riquezas do nosso brasil
Pergunte ao criador
Quem pintou esta aquarela
Livre do açoite da senzala
Preso na miséria da favela
Sonhei...
Que zumbi dos palmares voltou
A tristeza do negro acabou
Foi uma nova redenção
Senhor...
eis a luta do bem contra o mal...contra o mal
que tanto sangue derramou
contra o preconceito racial
http://letras.terra.com.br/mangueira-rj/478753/
Beija-Flor de Nilópolis - Samba Enredo 2010
Samba Enredo
Composição: Picolé da Beija Flor, Serginho Sumaré, Samir Trindade, Serginho Aguiar, Dison Marimba e André do Cavaco
Dádivas o criador concedeu
Fez brotar num sonho divinal o mais precioso cristal
Lágrimas, fascinante foi a ira de Tupã
Diz a lenda que o mito Goyás nasceu
O brilho em Jaci vem do olhar
Pra sempre refletido em suas águas
A força que fluiu desse amor é Paranoá... Paranoá
Óh! Deus sol em sua devoção
Ergueu-se no Egito fonte de inspiração
Pássaro sagrado voa no infinito azul
Abre as asas bordando o cerrado de norte a sul
Ah! Terra tão rica é o sertão
Rasga o coração da mata desbravador!
Finca a bandeira nesse chão
Pra desabrochar a linda flor
No coração do Brasil, o afã de quem viu um novo
amanhã
Revolta, insurreições, coroas e brasões
Batismo num clamor de liberdade!
Segue a missão a caravana em jornada
Enfim a natureza em sua essência revelada
Firmando o desejo de realizar
A flor desabrochou nas mãos de JK
A miscigenação se fez raiz
Com sangue e o suor deste país
Vem ver... A arte do mestre num traço um poema
Nossa capital vem ver ...
Legião de artistas, caldeirão cultural!
Orgulho, patrimônio mundial
Sou candango, calango e Beija-Flor!
Traçando o destino ainda criança
A luz da alvorada anuncia!
Brasília capital da esperança

AXÉ
Dança Da Manivela
Axé Bahia

Dança Da Manivela
Dança Da Manivela
Dança Da Manivela
Dança Da Manivela
Eu fui perguntar pra ela meu amor,
se a dança da manivela ela tocou,
Eu fui perguntar pra ela meu amor,
se a dança da manivela ela tocou,
dizendo que
aqui tá quente,aqui tá frio,
muito quente, aqui tá frio,
aqui tá quente, aqui tá frio,
muito quente, aqui tá frio,
pega no dedinho dela,
pega no joelho dela,
pega na coxinha dela,
sobe mais um pouquinho,
pega no rostinho dela,
pega no peitinho dela,
pega na cintura dela,
desce mais um pouquinho,
Dança Da Manivela
Dança Da Manivela
Eu fui perguntar pra ela meu amor,
se a dança da manivela ela tocou,
Eu fui perguntar pra ela meu amor,
se a dança da manivela ela tocou,
dizendo que
aqui tá quente,aqui tá frio,
muito quente, aqui tá frio,
aqui tá quente, aqui tá frio,
muito quente, aqui tá frio,
pega no dedinho dela,
pega no joelho dela,
pega na coxinha dela,
sobe mais um pouquinho,
pega no rostinho dela,
pega no peitinho dela,
pega na cintura dela,
desce mais um pouquinho,
Dança Da Manivela
Dança Da Manivela
Dança Da Manivela
Dança Da Manivela
dizendo que
aqui tá quente,aqui tá frio,
muito quente, aqui tá frio,
aqui tá quente, aqui tá frio,
muito quente, aqui tá frio,
pega no dedinho dela,
pega no joelho dela,
pega na coxinha dela,
sobe mais um pouquinho,
pega no rostinho dela,
pega no peitinho dela,
pega na cintura dela,
desce mais um pouquinho,
Dança Da Manivela
Dança Da Manivela
Dança Da Manivela
Dança Da Manivela
Dança Da Manivela
Cabelo Raspadinho


Cabelo Raspadinho
Chiclete Com Banana

Cabelo Raspadinho estilo Ronaldinho
Cabelo pintado ou V-O
Cabelo embaraçado, encaracolado,
Rastafari, Rock`n Roll (2x)
Tranqüilidade na cabeça,
quem é da paz tem sangue bom
É do cabelo à raiz, é da cabeça feliz
Fazer a paz, fazer amor, fazer o som
É do cabelo à raiz, é da cabeça feliz
Fazer a paz, fazer amor, fazer o som
Qual é a sua, meu rei
Eu só quero passar
Bota a mão na cabeça e deixe o corpo rodar
Eu quero ouvir o índio, cantando
Fumando o cachimbo da paz
E a sua cabeleira, que beleza
É xik , xik , xik demais

Na Base do Beijo
Ivete Sangalo
Composição: Alain Tavares

Quando eu te pegar você vai ver, você vai ver
Ai de ti, ai de ti
Vai se amarrar só querer saber de mim
Você vai se dar bem e eu também
Você vai se dar bem e eu também
Comigo é na base do beijo
Comigo é na base do amor
Comigo não tem disse me disse
Não tem chove não molha desse jeito que sou
Comigo é na base do beijo
Comigo é na base do amor
Comigo não tem disse me disse
Não tem chove não molha desse jeito que sou
Quando amo é pra valer
Quando amo é pra valer
Dou carinho, me entrego
Faço o amor acontecer
Quando amo é pra valer
Quando amo é pra valer
Dou carinho, me entrego
Faço o amor acontecer
Vamos namorar, beijar na boca
Vamos namorar, beijar na boca
Vamos namorar, beijar na boca
Vamos namorar, beijar na boca
Quando eu te pegar você vai ver, você vai ver
Ai de ti, ai de ti
Vai se amarrar só querer saber de mim
Você vai se dar bem e eu também
Você vai se dar bem e eu também
Comigo é na base do beijo
Comigo é na base do amor
Comigo não tem disse me disse
Não tem chove não molha desse jeito que sou
Comigo é na base do beijo
Comigo é na base do amor
Comigo não tem disse me disse
Não tem chove não molha desse jeito que sou
Quando amo é pra valer
Quando amo é pra valer
Dou carinho, me entrego
Faço o amor acontecer
Quando amo é pra valer
Quando amo é pra valer
Dou carinho, me entrego
Faço o amor acontecer
Vamos namorar, beijar na boca
Vamos namorar, beijar na boca
Vamos namorar, beijar na boca
Vamos namorar, beijar na boca
Comigo é na base do beijo
Comigo é na base do amor
Comigo não tem disse me disse
Não tem chove não molha desse jeito que sou
Comigo é na base do beijo
Comigo é na base do amor
Comigo não tem disse me disse
Não tem chove não molha desse jeito que sou
Comigo é na base do beijo
Comigo é na base do amor
Comigo não tem disse me disse
Não tem chove não molha desse jeito que sou

Beijar na Boca
Claudia Leitte
Composição: Blanch Van Gogh / Roger Tom

Eu estava numa vida de horror
Com a cabeça baixa sem ninguém me dar valor
Eu tava atrás (tchururu) da minha paz (tchururu)
Agora que mudou a situação
Choveu na minha horta vai sobrar na plantação
Deixei pra trás (tchururu), pois tanto faz (tchururu)
(Refrão)
Eu quero mais é beijar na boca
Eu quero mais é beijar na boca (eu quero mais)
Eu quero mais é beijar na boca
E ser feliz daqui pra frente... pra sempre (2x)
Já me livrei daquela vida tão vulgar
Me vacinei de tudo que podia me pegar
Corri atrás (tchururu)
Quem tenta faz (tchururu)
Eu ando muito a fim de experimentar
Meter o pé na jaca sem ter que me preocupar
Eu quero mais, mais, mais, mais...
(Refrão)
Eu quero mais é beijar na boca
Eu quero mais é beijar na boca (eu quero mais)
Eu quero mais é beijar na boca
E ser feliz daqui pra frente... pra sempre (2x)
Eu estava numa vida de horror
Com a cabeça doida sem ninguém me dar valor
Andava atrás (tchururu) da minha paz (tchururu)
Agora que mudou a situação
Choveu na minha horta vai sobrar na plantação
Deixei pra trás (tchururu), pois tanto faz (tchururu)
(Refrão)
Eu quero mais é beijar na boca
Eu quero mais é beijar na boca (eu quero mais)
Eu quero mais é beijar na boca
E ser feliz daqui pra frente... pra sempre (2x)

A Dança Da Tartaruga
Asa de Águia

A dança da tartaruga, a dança da tartaruga
A dança da tartaruga, da tartaruga meu amor
A dança da tartaruga, a dança da tartaruga
A dança da tartaruga, da tartaruga me balançou
No swing da tartaruga, no swing da tartaruga
No swing da tartaruga, da tartaruga vem meu bem
No swing da tartaruga, no swing da tartaruga
No swing da tartaruga, da tartaruga eu vou me dar bem.

Tchuka você foi meu grande amor, hei!
Sempre que eu me lembro de você
Bate forte uma saudade pois agente ainda se ama
Quero amar você e ser feliz, hei!
Viva nosso jeito de viver
Só uma tartaruga fica esperando o seu bem querer

A dança da tartaruga ioio
A dança da tartaruga iaia
A dança da tartaruga
Eu não consigo viver longe de você
A dança da tartaruga ioio
A dança da tartaruga iaia
A dança tartaruga
Ainda te vejo numa tela de cinema
http://www.vagalume.com.br

Projeto didático:Carnaval do I Ciclo do Ensino Fundamental I




O Galo da madrugada: maior bloco carnavalesco do mundo

Em 2010, o desfile do bloco Galo da madrugada, no centro do Recife, arrastou mais de 2 milhões de foliões, segundo os organizadores.




Bonecos de Olinda sobem e descem as ladeiras de Olinda seguindo o blocos de frevo


Observem aqui o destaque da pntura par os pés.Em epecial os do dançarino central. Eles transmitem a alegria e o compasso do frevo.Portinari retratou esta dança carnavalesca pernambucana, o "Frevo", cujo significado nos remete ao verbo ferver.

Projeto didático:
Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô...o carnaval chegou

Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô...o carnaval chegou

Allah-la-ô (marcha/carnaval)
Haroldo Lobo
Composição: Haroldo Lobo e Nássara - 1941
Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O Sol estava quente, queimou a nossa cara
Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô...
Viemos do Egito
E muitas vezes nós tivemos que rezar
Allah, Allah, Allah, meu bom Allah
Mande água pro iôiô
Allah, meu bom Allah,
http://letras.terra.com.br/haroldo-lobo/691753/

Justificativa
Os alunos, desde cedo, se deparam, direta ou indiretamente, com situações carnavalescas. Seja através das chamadas midiáticas, como as do rádio e da TV, seja através de familiares e mesmo das próprias crianças, motivadas pelos adultos.
Carnaval é uma manifestação cultural popular
Assim sendo, se constitui num excelente objeto de conhecimento a ser desvendado. Em especial, por sua significância social e cultural, mas também porque permite múltiplas situações de integração de conteúdos e de interdisciplinaridade. Além disto, a esta momesca também pode suscitar diversos questionamentos a respeito de nossa ancestralidade africana. E como tal não pode ser dissociado das práticas escolares.
Publico Alvo
Alunos do primeiro e segundo ciclos do Ensino Fundamental 1

Objetivo Geral

Promover o estudo do carnaval como um conteúdo que levará os alunos a valorizarem a festa como um evento com fortes raízes na cultura africana.

Objetivos Específicos

• Conhecer a história do carnaval da cidade e/ou do Estado;
• Estabelecer uma linha de tempo sobre as manifestações carnavalescas no município e/ou no estado;
• Ler e ouvir textos poéticos (musicas, poemas, quadrinhas, etc.) acerca do carnaval;
• Aprender a ler e escrever tendo como suporte as letras de musicas carnavalescas como marchinhas, sambas, frevo e axé, por exemplo;
• Conhecer, oralmente e por escrito, palavras do vocabulário carnavalesco (Músicas, danças, grupos, blocos, bailes, fantasias, escolas de samba, brinquedos, instrumentos musicais, etc.) brasileiro, em contextos significativos, como músicas, por exemplo.
• Expressar-se oralmente, com o corpo e através das artes plásticas, tendo como base os festejos carnavalescos;
• Socializar com os demais alunos da Escola, frevos aprendidos durante a semana;
• Confeccionar adereços carnavalescos (mascaras para decorar a Escola, serpentinas, confetes e cartazes convidando para a festa de momo, na Escola.

Conteúdos
• Manifestações carnavalescas na cidade, no Estado e no Brasil;
• Música de carnaval (frevos);
• Danças carnavalescas (frevos);
• Leitura e escrita de frevos;
• Lista de palavras do universo carnavalesco;
• Fantasias de carnaval;
• Fotografia fotos sobre o carnaval.
• Relação do carnaval com a Cultura Africana;
• Cultura Afra Brasileira;
• Carnaval em Recife, Olinda;
• Frevo: Canto e dança;
• Vocabulário carnavalesco (Músicas, danças, grupos, blocos, bailes, fantasias, escolas de samba, brinquedos, instrumentos musicais, etc.);
• Expressão artística: festejos carnavalescos;
• Ornamentação e adereços carnavalescos.


Atividades

• Conversas informais sobre o carnaval da cidade e do Estado;
• Pesquisas sobre o carnaval através de entrevistas com familiares, fotos, textos, etc.;
• Organizar uma linha de tempo com os dados pesquisados;
• Contar histórias breves que abordem a temática carnaval;
• Leitura e escuta de textos poéticos sobre o carnaval;
• Através de vídeos, pesquisa em TV, revistas, jornais, etc., ressaltar as diversas maneiras de comemorar o carnaval (Músicas, danças, mela-mela, ruas, blocos, bailes, concursos de fantasias, desfile de escolas de samba, etc.).
• Providenciar suportes que contenham fotos ou imagens para que as crianças possam visualizar algumas manifestações carnavalescas e ritmos diversos (Samba, maracatu, boi, frevo, axé, marcinhas, etc.);
• Roda de conversa: quais as danças e musicam preferidas, relacionadas ao carnaval?
• Ouvir, decorar e cantar frevos;
• Imitar passos de dança de frevos;
• Leitura e escrita de frevos que sabe de cor;
• Leitura e escrita através da ordenação de frevos.
• Escrita de listas contendo palavras do universo carnavalesco;
• Recontos de histórias sobre o carnaval;
• Rodas de leitura com contos carnavalescos.
• Imitar passos de frevo;
• Dramatização envolvendo canto e dança de frevo, para apresentação no grande grupo.

Cronograma
28/02 a 04/03/2011

Material de apoio

Frevos

EVOÉ, EVOÉ
Frevo-canção de
Marambá e Aníbal Portela

Evoé, Evoé
O carnaval de Pernambuco,
É vibração, é gozo, é o suco
Graças ao frevo e à Federação
Foliões vivem o prazer
Viva o frevo original
O ideal é sorrir
E eu passo a aferir
Aderindo ao carnaval
Evoé, Evoé ...
Carnaval como se faz
Nesta bela capital
Vale a pena se ver
Pois é bom de doer
É de fato o carnaval
Evoé, Evoé ...
Todo aquele que negar
O prazer que irão cair
Faça o passo e verá
Que no mundo não há
Carnaval como daqui


AI SE EU TIVESSE
frevo-canção de Capiba

Ai se eu tivesse
Quem me fizesse carinho
Não levava a vida que eu levo,
Sozinho!
Por isso
Eu vivo na rua olhando pra lua,
Sem ter neste mundo
Um lugar para poder descansar
Eu sei que viver sempre assim
É ruim,
Há muito eu espero um carinho
pra mim...
Ai se eu tivesse...

BORBOLETA NÃO É AVE
frevo-canção de Nelson Ferreira

Borboleta não é ave,
Borboleta ave é,
Borboleta só é ave
Na cabeça da muié...
Borboleta, borboleta
De voar nunca se cansa,
Menina de perna fina
De socó tem semelhança...
Borboleta não é ave...
Borboleta quando fores
Lá pras bandas do Norte
Da coruja minha sogra

CALA BOCA MENINO
frevo-canção de Capiba

Sempre ouvi dizer
Que numa mulher
Não se bate
Nem com uma flor,
Loura ou morena
Não importa a cor,
Não se bate
Nem com uma flor...
Já se acabou o tempo
Que a mulher só dizia então,
Xô galinha, cala a boca menino,
Ai, ai, não me dê mais não...


É DE FAZER CHORAR
frevo-canção de Luiz Bandeira

É de fazer chorar
Quando o dia amanhece
E obriga o frevo acabar,
Oh! quarta-feira ingrata,
Chega tão depressa
Só pra contrariar...
Quem é de fato um
Bom pernambucano,
Espera um ano
E se mete na brincadeira,
Esquece tudo
Quando cai no frevo,
E no melhor da festa,
Chega a quarta-feira...
Com a Mariana, ele comentou...
Por fim chegou a Manuela
Ele disse é ela
Minha inspiração...
E assim cercado de carinho,
Disse adeus, sozinho,
O bom Sebastião.

OH! BELA
Frevo-canção de Capiba

Você diz que ela é bela,
Ela é bela, sim, senhor,
Porém poderia ser mais bela
Se ela tivesse meu amor, meu amor.
Bela é toda a natureza, ô bela,
Bela é tudo que é belo, ô bela,
O sorriso da criança,
O perfume de uma rosa,
O que fica na lembrança.
Belo é ver o passarinho, ô bela,
Indo em busca do seu ninho, ô bela.
Todo mundo se amando
Com amor e com carinho
Uns sorrindo outros chorando
De amor.
De lei que o cupim não rói.

MODELOS DE VERÃO
Frevo-canção de Capiba

Quanta mulher bonita
Tem aqui neste salão
Parece até desfile
De modelos de verão
Até as viuvinhas
Do artista James Dean
Vieram incorporadas
Hoje a noite está pra mim!
Eu daqui não saio,
Eu não vou embora,
Tanta mulher bonita
E minha mãe sem nora.

HINO DO ELEFANTE DE OLINDA
Clídio Nigro e Clóvis Vieira

Ao som dos clarins de Momo
O povo aclama com todo ardor,
O Elefante exaltando as suas tradições
E também seu esplendor.
Olinda, este meu canto
Foi inspirado em teu louvor,
Entre confetes, serpentinas
Venho te oferecer
com alegria o meu amor.
Olinda, quero cantar, a ti esta canção,
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar,
Faz vibrar meu coração de amor
a sonhar, minha Olinda sem igual,
Salve o teu carnaval!
Se você vai ficar,
Ai meu bem sem você
Não há carnaval,
Vamos cair no passo
E a vida gozar.

VOLTEI RECIFE
Frevo-canção de Luiz Bandeira

Voltei, Recife,
Foi a saudade que me trouxe pelo braço,
Quero ver novamente,
Vassoura na rua abafando
Tomar umas e outras e cair no passo.
Cadê Toureiros? Cadê Bola de Ouro?
As Pás, os Lenhadores,
O Bloco Batutas de São José?
Quero sentir a embriaguez do frevo,
Que entra na cabeça, depois toma o corpo
E acaba no pé...

VASSOURINHAS
Matias da Rocha e Joana Batista

Se essa rua fosse minha
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas de brilhante
Pra Vassourinhas passar.
Somos nós os Vassourinhas
Todos nós em borbotão
Vamos varrer a cidade
Ah! isso não, ah! isso não
Ah! reparem, meus senhores,
O pai desse pessoal
Que nos faz sair às ruas
Dando viva ao carnaval!
Bem sabeis o compromisso
Que nos leva a fazer
De mostrar nossas insígnias
E a cidade se varrer.
http://www.claudialima.com.br/pdf/LETRAS_DE_MUSICAS_DO_CARNAVAL_DE_PERNAMBUCO.pdf








quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Projeto didático:Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô...o carnaval do pre escolar chegou




Projeto didático





Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô...o carnaval chegou





Allah-la-ô (marcha/carnaval)
Haroldo Lobo
Composição: Haroldo Lobo e Nássara - 1941




Projeto didático



Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô...o carnaval chegou



Allah-la-ô (marcha/carnaval)
Haroldo Lobo
Composição: Haroldo Lobo e Nássara - 1941
Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O Sol estava quente, queimou a nossa cara
Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô...
Viemos do Egito
E muitas vezes nós tivemos que rezar
Allah, Allah, Allah, meu bom Allah
Mande água pro iôiô
Allah, meu bom Allah,
http://letras.terra.com.br/haroldo-lobo/691753/
Justificativa
Os alunos, desde cedo, se deparam, direta ou indiretamente, com situações carnavalescas. Seja através das chamadas midiáticas, como as do rádio e da TV, seja através de familiares e mesmo das próprias crianças, motivadas pelos adultos.
É uma manifestação cultural popular
Assim sendo, o carnaval se constitui num excelente objeto de conhecimento a ser desvendado. Em especial por sua significância social e cultural, mas também porque permite múltiplas situações de integração de conteúdos e de interdisciplinaridade. Além disto, o carnaval também pode suscitar diversos questionamentos a respeito de nossa ancestralidade africana. E como tal não pode ser dissociado das práticas escolares.
Objetivo Geral
Promover o estudo do carnaval como um conteúdo que levará os alunos a valorizarem a festa como um evento com fortes raízes na cultura africana.

Objetivos específicos
• Conhecer, através de fotos de jornais e/ou revistas, as diversas manifestações carnavalescas no Brasil;
• Organizar uma exposição de fotos sobre o carnaval brasileiro, (especialmente o da cidade, da Paraíba, de Recife e Olinda, Salvador e Rio de Janeiro, dando destaque para as danças, adereços, fantasias, mascaras, personagens, etc.)
• Cantar e dançar marchinhas de carnaval;
• Ouvir, decorar, cantar e dançar marchinhas de carnaval;
• Ler, mesmo sem saber ler, marchinhas de carnaval, previamente decoradas, ajustando o que sabe de cor com o que está escrito;
• Escrever palavras do universo carnavalesco, completando textos (marchinhas) que sabe de cor;
• Pintar o corpo vestir-se como personagens do carnaval e imitá-los, através da dança e das mímicas;
• Participar do baile de carnaval.
Conteúdos

• Manifestações carnavalescas na cidade, no Estado e no Brasil;
• Música de carnaval (marchinhas);
• Danças carnavalescas (marchinhas);
• Leitura e escrita de marchinhas;
• Lista de palavras do universo carnavalesco;
• Fantasias de carnaval;
• Fotografia fotos sobre o carnaval.
Atividades

• Contar histórias breves que abordem a temática carnaval;
• Através de vídeos, pesquisa em TV, revistas, jornais, etc., ressaltar as diversas maneiras de comemorar o carnaval (Músicas, danças, mela-mela, ruas, blocos, bailes, concursos de fantasias, desfile de escolas de samba, etc.).
• Providenciar suportes que contenham fotos ou imagens para que as crianças possam visualizar algumas manifestações carnavalescas e ritmos diversos (Samba, maracatu, boi, frevo, axé, marcinhas, etc.);
• Roda de conversa: que personagens do carnaval gostariam de ser? Por quê? O que fazer para que isto aconteça?
• Confecção de máscaras: Pintar as máscaras com as crianças, em seguida trabalhar as músicas, ritmo e expressão corporal.
• Confecção de colares: com canudos e cordão, confeccionar colares coloridos;
• Maquiagem: promover o momento da pintura ao corpo, conforme personagem escolhido pela criança (palhaços, bichos, flores, mascara, etc.);
• Organização de uma exposição de fotos;
• Ouvir, decorar e cantar marchinhas;
• Imitar passos de dança de marchinhas;
• Leitura e escrita de marchinhas que sabe de cor;
• Leitura e escrita através da ordenação de marchinhas.
• Reconto de histórias sobre o carnaval;
• Rodas de leitura com contos carnavalescos;
• Apresentação de marchinhas, para o grande grupo, no baile.
Produto final
Realização, junto com os demais alunos, de um baile de carnaval com a participação de todos, inclusive quanto à decoração do ambiente.
Apresentação de cantos e dança de marchinhas, com alunos vestidos a caráter.
Cronograma
28/02 a 04/03/2011
Apresentação das marchinhas e o Baile: 4/2/2011
Sugestões de Musicas
Marchinhas
Mamãe Eu Quero
Composição: by Marcha De Jararaca E V. Paiva
Mamãe eu quero, mamãe eu quero,
Mamãe eu quero mamar!
Dá a chupeta! Dá a chupeta! Ai! Dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebê não chorar!
Dorme filhinho do meu coração!
Pega a mamadeira e entra no meu cordão.
Eu tenho uma irmã que se chama Ana:
De piscar o olho já ficou sem a pestana.
Eu olho as pequenas, mas daquele jeito
E tenho muita pena não ser criança de peito!...
Eu tenho uma irmã que é fenomenal:
Ela é da bossa e o marido é um boçal!
A Pipa Do Vovô
Composição: Sílvio Santos
A pipa do vovô nao sobe mais!
A pipa do vovô nao sobe mais!
Apesar de fazer muita força,
O vovô foi passado pra trás!
A pipa do vovô nao sobe mais!
A pipa do vovô nao sobe mais!
Apesar de fazer muita força,
O vovô foi passado pra trás!
Ele tentou mais uma empinadinha,
Mas a pipa não deu nenhuma subidinha.
Ele tentou mais uma empinadinha,
Mas a pipa não deu nenhuma subidinha
A pipa do vovô nao sobe mais!
A pipa do vovô nao sobe mais!
Apesar de fazer muita força,
O vovô foi passado pra trás!
Bandeira Branca
Composição: Max Nunes / Laércio Alves
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Saudade, mal de amor, de amor...
Saudade, dor que doi demais...
Vem, meu amor!
Bandeira branca eu peço paz.
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Nós, Os Carecas
Marchinhas de Carnaval
Nós, nós os carecas
Com as mulheres somos maiorais
Pois na hora do aperto
É dos carecas que elas gostam mais
Não precisa ter vergonha
Pode tirar seu chapéu
Pra que cabelo? Pra que seu Queiroz?
Agora a coisa está pra nós, nós nós...
Acorda, Maria Bonita

Composição: Antônio dos Santos
Acorda Maria Bonita / Levanta vai fazer o café
Que o dia já vem raiando / E a polícia já está de pé
Se eu soubesse que chorando / Empato a tua viagem
Meus olhos eram dois rios / Que não te davam passagem
Cabelos pretos anelados / Olhos castanhos delicados

Quem não ama a cor morena / Morre cego e não vê nada
A Jardineira
Composição: by Benedito Lacerda-Humberto Porto
Oh! jardineira porque estás tão triste?
Mas o que foi que te aconteceu?
Foi a camélia que caiu do galho,
Deu dois suspiros e depois morreu.
Vem jardineira! Vem meu amor!
Não fiques triste que este mundo é todo seu.
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu.
http://letras.terra.com.br/marchinhas-de-carnaval/
Personagens do universo carnavalesco
Rei Momo
Rainha do carnaval;
Pierrô;
Arlequim;
Colombina;
Papangu;
Boi;
Mestre sala;
Porta bandeira;
Passistas;
Etc.
Sugestão de atividade de leitura e escrita
• Decorar as marchinhas a partir da audição da letra e melodia;
• Cantar as marchinhas;
• Em dupla, adequar o que sabe de cor com o que está escrito, cantando e apontando as palavras equivalentes, com o dedo;
• Pintar, no texto, as palavras indicadas, oralmente;
• Pintar da mesma cor as palavras, do texto, que começam ou terminam com a mesma letra;
• Escolher, em meio aos vários títulos das marchinhas aprendidas aquela ditada pela professora;
• Escrever os nomes dos personagens do carnaval, previamente trabalhados, embaixo das figuras;
• Ligar palavras aos desenhos (figuras do universo carnavalesco, especialmente das marchinhas. Por exemplo, pipa-vovo/bebê-chupeta/
• Etc.



O Diário de Pierrô.
O mundo, segundo o Etinólogue, o maior catálogo de idiomas do globo, nascido para a divulgação da Bíblia para os mais diversos povos, mas que acabou prestando um auxílio mais científico que religioso, existem cerca de 8 mil línguas e 7 mil dialetos, muitos dos quais têm a tendência de sumirem com o decorrer do século XXI e o avanço da internet com sites em inglês e outros idiomas com maior grupo de falantes. Segundo a mesma estimativa, o nosso Português ocupa uma das dez primeiras posições do ranking, antecedido pelo Mandarim, Inglês, Espanhol e Francês.
O idioma é a base de uma cultura, pois através dele é que os falantes criam a estrutura de seus pensamentos e seu dia a dia. Inclusive, o genial pensador e educador Lev Vygotsky, escreveu grandes textos sobre o tema, ressaltando que a linguagem é a fonte de produção de nossos conceitos. Agora pensemos: Se a língua tem tal importância, o que ocorre quando ela desaparece? Segundo o fantástico relato de Frei Bartolomeu de Las Casas, jesuíta espanhol responsável pelas principais denúncias dos europeus, sobretudo espanhóis, nas Américas: "O massacre dos indígenas era tão massivo que muitos idiomas desapareceram por não haver quem os falasse". A invasão européia exterminou, além dos povos residentes, toda a cultura local. Diversos pontos da História também registram casos semelhantes, como os invasores romanos que influenciaram toda a Europa com sua língua, que seria reformulada, dando origem, séculos depois aos idiomas neo-latinos.
Respondendo a pergunta, quando uma língua morre ou se modifica radicalmente, seu conteúdo, vivo sobretudo em seus textos literários, lendas e cantigas populares, também some; salvo excessões. No seriado A Muralha, adaptação da Rede Globo feita em homenagem aos 500 anos do Brasil, baseado no deleitoso romance de Dinah Silveira de Queiroz, em uma de suas cenas, o galante Dom Guilherme canta ao violão a canção medieval Una Pastora Yo Ami. Os acordes nos levam ao passado e nos fazem lembrar as belas Canções de Amigo (tema que muitos aprendem no Ensino Médio e desdenham). A letra da melodia está grafada em um idioma curioso, o Ladino. Tal língua foi o meio de comunicação que as comunidades judáicas na Espanha medieval utilizaram e que acabou por modificar-se do hebráico em um misto de poucas palavras de origem com muitas construções léxicas e sintáticas, além de ortográficas e alfabéticas, ocidentais.
No Brasil encontra-se um curioso dado estatístico: Existem em nossas terras 188 línguas, sendo uma a portuguesa e as demais indígenas. A maior parte, porém é a uma variação dialetal do Tupi (grupo maior), do Guarani e do Jê. Segundo a LDB 9394/96 (texto de Darcy Ribeiro e outorgada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso), as matrizes culturais afro-ameríndias devem ter o mesmo valor de aplicação das européias. Só que na prática isso não ocorre e boa parte da cultura desses povos que constituem nosso país é perdida. Um exemplo disso é a própria religião africana que condensou-se nessas terras brasileiras por razões sociológias e políticas que serão abordadas em outro tópico posteriormente. O Candomblé trouxe consigo uma gama profunda de cantigas e lendas Yorubás e de outros grupos, porém o tempo, a mistura de tribos africanas antes sem ligação, o convívio com o idioma português e a pressão governamental em favor da aculturação, terminaram por relegar ao esquecimento soma importante desse conteúdo. A Umbanda, sincretismo religioso consolidado com bases candomblecistas, kardecistas e católicas, já nasceu utilizando o Português, salvo raras expressões africanas, como as invocações dos orixás. Um exemplo disso é o Odoya Yemanjá! Laroye Exu! e assim por diante.
Todo esse processo ocorre pela necessidade da praticidade que os povos têm. Assim como o alfabeto Maximiliano (que ainda hoje vive através das letras maiúsculas do teclado de computadores), renovou e tornou mais viável a escrita, os idiomas ascendem em franca expansão, contudo há de se pensar que mesmo que certos idiomas caiam em desuso, seu conteúdo precisa ser preservado para as futuras gerações entenderem melhor seu passado, assim como é feito com o Latim, que mesmo já oficializada como "língua morta", ainda conserva estudiosos e falantes (além da Cidade do Vaticano tê-lo como idioma oficial).
De toda forma, o certo é que a maior parte dos idiomas falados há de desaparecer nesse século, seja pela imposição da internet com sites escritos em inglês ou pela falta de interesse das atuais e vindouras gerações em relação à língua de raíz. Caso que se pode citar é o grupo dos descendentes incas habitantes da Bolívia, Equador e Peru, que não veem mais o porquê de aprenderem o Quíchua, fala corrente desse grupo indígena, substituindo-o pelo Espanhol. Pode-se entender isso como uma rápida conversa com os imigrantes bolivianos em São Paulo ou os peruanos e equatorianos no Rio de Janeiro. Apenas os que possuam quarenta anos em diante têm a possibilidade de um raso conhecimento idiomático do Quíchua. Abaixo dessa idade, somente um estudante formal do idioma o conhecerá e será falante. Eis mais um belo idioma que fenece...
Outro caso curioso é o grupo dos ciganos, que mesmo fechando-se em comunidades restritas e querendo se manterem distantes das outras culturas, tem visto a corrupção idiomática, mesmo que lenta, de sua fala. O Romani (ou Romanês, ou Romanô), hoje já não preserva o conteúdo léxico do passado. Inclusive, muitos ciganos, já sendentários, nem mesmo utilizam tal língua para a comunicação e sim o idioma da região onde habitam.
Lembremos da grande imigração chinesa que vem ocorrendo no Brasil nos últimos anos. Muitos cidadãos chineses têm vindo do oriente para trabalharem em pastelarias e ofícios do gênero. E qual o brasileiro que não deparou-se curioso de entender o que os mesmos conversam entre si quando estão entre um lanche e outro? Aí vem, certamente, mais um grupo linguístico para somar com os demais que constrõem o Português desse país. Os mulçumanos que habitam e apregoam sua fé nas esparsas mesquitas brasileiras, começam o estudo do Árabe por aqui de forma que muitos vão citando passagens do Alcorão no texto original.
Muitos grupos vêm por aí e o que resta é ver o tempo passar e entender que todas as alterações existem por necessidade de uma expansão do gênero humano. O texto não foi necesário para englobar tudo o que esse fascinante tema linguístico-sociológico tem para oferecer, porém que ele seja uma introdução ao tema para que mais e mais pessoas possam continuar preservando a cultura e as suas produções.
http://pierromascarado.blogspot.com/2010/10/o-diario-de-pierro.html


O Diário de Pierrô.
O mundo, segundo o Etinólogue, o maior catálogo de idiomas do globo, nascido para a divulgação da Bíblia para os mais diversos povos, mas que acabou prestando um auxílio mais científico que religioso, existem cerca de 8 mil línguas e 7 mil dialetos, muitos dos quais têm a tendência de sumirem com o decorrer do século XXI e o avanço da internet com sites em inglês e outros idiomas com maior grupo de falantes. Segundo a mesma estimativa, o nosso Português ocupa uma das dez primeiras posições do ranking, antecedido pelo Mandarim, Inglês, Espanhol e Francês.
O idioma é a base de uma cultura, pois através dele é que os falantes criam a estrutura de seus pensamentos e seu dia a dia. Inclusive, o genial pensador e educador Lev Vygotsky, escreveu grandes textos sobre o tema, ressaltando que a linguagem é a fonte de produção de nossos conceitos. Agora pensemos: Se a língua tem tal importância, o que ocorre quando ela desaparece? Segundo o fantástico relato de Frei Bartolomeu de Las Casas, jesuíta espanhol responsável pelas principais denúncias dos europeus, sobretudo espanhóis, nas Américas: "O massacre dos indígenas era tão massivo que muitos idiomas desapareceram por não haver quem os falasse". A invasão européia exterminou, além dos povos residentes, toda a cultura local. Diversos pontos da História também registram casos semelhantes, como os invasores romanos que influenciaram toda a Europa com sua língua, que seria reformulada, dando origem, séculos depois aos idiomas neo-latinos.
Respondendo a pergunta, quando uma língua morre ou se modifica radicalmente, seu conteúdo, vivo sobretudo em seus textos literários, lendas e cantigas populares, também some; salvo excessões. No seriado A Muralha, adaptação da Rede Globo feita em homenagem aos 500 anos do Brasil, baseado no deleitoso romance de Dinah Silveira de Queiroz, em uma de suas cenas, o galante Dom Guilherme canta ao violão a canção medieval Una Pastora Yo Ami. Os acordes nos levam ao passado e nos fazem lembrar as belas Canções de Amigo (tema que muitos aprendem no Ensino Médio e desdenham). A letra da melodia está grafada em um idioma curioso, o Ladino. Tal língua foi o meio de comunicação que as comunidades judáicas na Espanha medieval utilizaram e que acabou por modificar-se do hebráico em um misto de poucas palavras de origem com muitas construções léxicas e sintáticas, além de ortográficas e alfabéticas, ocidentais.
No Brasil encontra-se um curioso dado estatístico: Existem em nossas terras 188 línguas, sendo uma a portuguesa e as demais indígenas. A maior parte, porém é a uma variação dialetal do Tupi (grupo maior), do Guarani e do Jê. Segundo a LDB 9394/96 (texto de Darcy Ribeiro e outorgada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso), as matrizes culturais afro-ameríndias devem ter o mesmo valor de aplicação das européias. Só que na prática isso não ocorre e boa parte da cultura desses povos que constituem nosso país é perdida. Um exemplo disso é a própria religião africana que condensou-se nessas terras brasileiras por razões sociológias e políticas que serão abordadas em outro tópico posteriormente. O Candomblé trouxe consigo uma gama profunda de cantigas e lendas Yorubás e de outros grupos, porém o tempo, a mistura de tribos africanas antes sem ligação, o convívio com o idioma português e a pressão governamental em favor da aculturação, terminaram por relegar ao esquecimento soma importante desse conteúdo. A Umbanda, sincretismo religioso consolidado com bases candomblecistas, kardecistas e católicas, já nasceu utilizando o Português, salvo raras expressões africanas, como as invocações dos orixás. Um exemplo disso é o Odoya Yemanjá! Laroye Exu! e assim por diante.
Todo esse processo ocorre pela necessidade da praticidade que os povos têm. Assim como o alfabeto Maximiliano (que ainda hoje vive através das letras maiúsculas do teclado de computadores), renovou e tornou mais viável a escrita, os idiomas ascendem em franca expansão, contudo há de se pensar que mesmo que certos idiomas caiam em desuso, seu conteúdo precisa ser preservado para as futuras gerações entenderem melhor seu passado, assim como é feito com o Latim, que mesmo já oficializada como "língua morta", ainda conserva estudiosos e falantes (além da Cidade do Vaticano tê-lo como idioma oficial).
De toda forma, o certo é que a maior parte dos idiomas falados há de desaparecer nesse século, seja pela imposição da internet com sites escritos em inglês ou pela falta de interesse das atuais e vindouras gerações em relação à língua de raíz. Caso que se pode citar é o grupo dos descendentes incas habitantes da Bolívia, Equador e Peru, que não veem mais o porquê de aprenderem o Quíchua, fala corrente desse grupo indígena, substituindo-o pelo Espanhol. Pode-se entender isso como uma rápida conversa com os imigrantes bolivianos em São Paulo ou os peruanos e equatorianos no Rio de Janeiro. Apenas os que possuam quarenta anos em diante têm a possibilidade de um raso conhecimento idiomático do Quíchua. Abaixo dessa idade, somente um estudante formal do idioma o conhecerá e será falante. Eis mais um belo idioma que fenece...
Outro caso curioso é o grupo dos ciganos, que mesmo fechando-se em comunidades restritas e querendo se manterem distantes das outras culturas, tem visto a corrupção idiomática, mesmo que lenta, de sua fala. O Romani (ou Romanês, ou Romanô), hoje já não preserva o conteúdo léxico do passado. Inclusive, muitos ciganos, já sendentários, nem mesmo utilizam tal língua para a comunicação e sim o idioma da região onde habitam.
Lembremos da grande imigração chinesa que vem ocorrendo no Brasil nos últimos anos. Muitos cidadãos chineses têm vindo do oriente para trabalharem em pastelarias e ofícios do gênero. E qual o brasileiro que não deparou-se curioso de entender o que os mesmos conversam entre si quando estão entre um lanche e outro? Aí vem, certamente, mais um grupo linguístico para somar com os demais que constrõem o Português desse país. Os mulçumanos que habitam e apregoam sua fé nas esparsas mesquitas brasileiras, começam o estudo do Árabe por aqui de forma que muitos vão citando passagens do Alcorão no texto original.
Muitos grupos vêm por aí e o que resta é ver o tempo passar e entender que todas as alterações existem por necessidade de uma expansão do gênero humano. O texto não foi necesário para englobar tudo o que esse fascinante tema linguístico-sociológico tem para oferecer, porém que ele seja uma introdução ao tema para que mais e mais pessoas possam continuar preservando a cultura e as suas produções.
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