arTeira trakkinna

segunda-feira, 24 de maio de 2010

PROJETO DIDÁTICO

A partir de agora meu coração tem quatro cores: amarelo, verde, azul e branco: Gooooool BRASIL

PROJETO: COPA DO MUNDO


Ficha técnica

Créditos: Projeto elaborado pela professora Ana Lúcia de Souza Silva

Público alvo: creche, pré-escola, primeiro ciclo inicial, intermediário e final e segundo, inicial e final.

Duração: Um mês letivo, com duas a três aulas semanais, de uma hora, cada.


Apresentação:

O programa Passaporte África, da TV Globo, registrou no ultimo dia 23 de maio, aspectos importantes que impactam o povo brasileiro em períodos de copa do mundo. Comparando este evento à passagem de um cometa, que percorre o globo terrestre de quatro em quatro anos, atingindo todo o mundo e fazendo o Brasil ser muito mais vulnerável à sua energia, pois consegue fazer com que Cento e vinte milhões de brasileiros volte-se para este fenômeno, imbuídos de emoção. Mexendo não só com a energia apaixonante que move os corações como também com a energia que move as máquinas, os transportes à iluminação das ruas e residências e etc.

Segundo o jornal televisivo da TV Globo as pessoas nem se dão conta do que ocorre de fato, quanto aos aspectos econômicos, sociais, etc. Antes de cada partida há uma mudança de comportamento. As pessoas se apressam para chegarem as suas residências, os computadores param, as televisões paralisam as pessoas, os elevadores ficam vazios, etc.

Se neste período há uma diminuição de energia, em função da paralisação das pessoas em frente à TV, na hora do intervalo há uma sobrecarga rápida e em grande volume.

A verdade é que não podemos, enquanto educadores, ignorar este tema, haja vistas que nossos alunos também estarão voltados para este fenômeno.

Além de estarmos preocupados com os centros de interesses dos alunos, devemos lembrar que atrelado a este assunto podemos visualizar inúmeros conteúdos que se associam ao referido tema.

Portanto podemos nos apoderar deste cometa para tornar as aulas mais atrativas, mais interessantes e com mais sentido. Em Língua Portuguesa podemos dar ênfase aos textos jornalísticos, as crônicas esportivas, as músicas, as parodias, as reportagens orais, etc. Em matemática podemos dar ênfase à resolução de problemas, a estatísticas, observando e entendendo tabelas e gráficos, posições dos jogadores, fundamentos do esporte, regras, geometria, etc. Em Geografia podemos dar destaque ao estudo dos países que participam da copa, sem esquecer de priorizar o país onde tudo acontece. Além de trabalharmos costumes, consumo, trabalho e outros conhecimentos afins. Em História podemos enfatizar a estreita relação que o Brasil tem com o país sede da copa de 2010. Assim por diante. O importante é permitir aos alunos a descoberta e o conhecimento de diferentes culturas, por meio da ampliação do universo cultural, pela troca de informações, pelas vivencias e pela sistematização de informações e, por conseguinte, de conhecimentos.

Objetivo Geral:

Analisar criticamente o fenômeno esportivo que comove e encanta todos os brasileiros em período de copa do mundo, evento que consegue levantar a auto-estima de nosso povo, devido a nossa supremacia.

Objetivos específicos:

· Conhecer a historia do futebol;

· Conhecer os fundamentos do futebol;

· Organizar uma linha do tempo até a chegada do futebol no Brasil;

· Conhecer os profissionais envolvidos direta e indiretamente neste esporte;

· Ler e compreender tabelas relacionadas à copa;

· Conhecer os textos não verbais desta copa (logomarca, mascote, etc);

· Conhecer o país sede da copa de 2010;

· Conhecer as cidades, estádios e capacidade de cada estádio;

· Confeccionar jogos de botão e jogar para aprender os fundamentos do futebol;

· Confeccionar pebolim para também usar os conhecimentos adquiridos;

· Conhecer os símbolos nacionais, e suas características, significados;

· Selecionar, ler, observar, fazer releitura de obras de arte que falem do tema;

· Pesquisar a biografia de alguns jogadores de elite, tanto do passado quanto do presente, a exemplo de Mane Garrincha;

· Conhecer curiosidades acerca do futebol;

· Aprender a respeitar as diferenças;

· Participar de torneios para conhecer e usar regras e desenvolver o espírito esportivo;

· Conhecer como se decide a escolha dos paises sede da copa;

· Confeccionar instrumentos de origem africana (como agogô), para torcer pelo Brasil;

· Desenvolver gritos de guerra para as comemorações;

· Conhecer a musica brasileira, com ascendência africana (maracatu e samba);

· Pesquisar acerca de vestimentas, alimentos, música, dança brincadeiras etc.;

· Localizar o Brasil e a África no globo terrestre, aproximando-se da idéia de continente e país;

· Assistir vídeos que falem da África;

· Conhecer os cinco países mais desenvolvidos da África;

· Conhecer e ler colunas esportivas em jornais;

· Assistir e comentar programas esportivos na TV;

· Cantar músicas que falem do amor do brasileiro pelo futebol;

· Conhecer a fauna da África, especialmente os animais de grande porte;

Atividades:

Educação Infantil, Primeiro Ciclo Inicial e Intermediário

· Hora da surpresa (em cada sala uma surpresa concreta, dentro de uma caixa, para os alunos adivinharem-bola, camisa, logomarca, foto, etc.);

· Leituras compartilhadas pelo (a) professor (a);

· Leituras compartilhadas, pelos alunos;

· Rodas de conversas:

· Músicas (audição e canto. Ex: Partida de Futebol, de Skank);

· Conhecendo alguns fenômenos do futebol;

· Apresentação do mascote da copa;

· Criação de um mascote para representar a seleção brasileira;

· Estudo da obra de Candido Portinari, Futebol em Brodósqui, observar, descrever, comparar, fazer suposições, imaginar, fazer releitura, como por exemplo, com cerâmica;

· Interpretar várias letras de músicas;

· Texto: Jogo de bola (Cecília Meireles)

· Livros de literatura infantil (a verificar);

· Entendimento e ilustração;

· Atividades de escrita e leitura como cruzadinhas, caça-palavras, curiosidades, trava-línguas, etc;

· Organização de Listas de nomes comuns no futebol, de nomes próprios (nomes dos jogadores, técnico, juiz e demais personalidades do futebol na Copa);

· Observar a língua falada nos países envolvidos na Copa, dando ênfase aos que sediam o campeonato e os que disputam diretamente com o Brasil;

· Leitura de noticiários diários - textos jornalísticos;

· Quantas vezes o Brasil foi campeão? Significado da palavra Penta (bem como tetra, tri, bi-campeão);

· Significado dos termos: oitavas de final, quartas de final, semifinal e final;

· Quantidade de jogadores num jogo de futebol;

· Os reservas da seleção (função);

· Agenda da copa;

· Análise do placar dos jogos do Brasil;

· O comércio que envolve a Copa (bandeiras, camisetas, apito, etc...);

· Liga pontos;

· História das Copas;

· Sede da Copa;

· Curiosidades sobre a vida das pessoas do país onde ocorre a Copa. (usos e costumes);

· Localização no mapa da sede da Copa;

· Acompanhar a agenda da Copa e os jogos do Brasil bem como seus adversários;

· A Bandeira Brasileira;

· As bandeiras dos países que estão sediando a Copa;

· As bandeiras dos demais países;

· Falar que todos os países têm o seu Hino Nacional;

· Mãos de obra temporária que surge em razão da copa;

· O respeito às demais seleções;

· Reforçar o espírito patriótico;

· Retrospectiva das Copas;

· A saúde: alimentação, prática de esportes, o condicionamento físico, saúde mental, o repouso/O exame anti-doping; Campanha anti-drogas (na historia das copas, esta foi a única que até o momento todos os exames anti-doping obteve resultados negativos);

· O fumo e o álcool: são incompatíveis com a prática de esportes;

· Os valores nutricionais de alguns alimentos;

· Dicas para uma dieta bem equilibrada para as crianças;

· Montar com as crianças um cardápio;

· Cuidados com os fogos e balões.;

· Máscaras africanas com caixa de leite e argila;

· Totens africanos com garrafa pet e caixas de tamanhos diversos;

· Mandalas de colagem com folhas, sementes, tampinhas de garrafa pet e bolinhas amassadas de papel colorido;

· Móbile com fitas nas cores do Brasil para que as crianças possam passar as mãos;

· Confeccionar o mascote da Copa e um boneco com características africanas para ficar na sala, aproveitar para explorar a cor da pele, o cabelo, as vestimentas típicas e etc. O boneco e o mascote podem até passear na casa das crianças nos finais de semana;

· Organize a torcida BABY da copa do mundo com apitos, pom pom, camisetas e viseiras .
Decorar a sala com bolas e bandeiras coloridas nas cores verde e amarela;

· Organize uma oficina musical. A música desperta o interesse dos pequeninos. Use instrumentos musicais de sucata;

· Selecionar uma culinária típica de cada país participante da Copa e degustar com a turma;

· Brincadeira;

· Dado dos Animais: Numa caixa de papelão cole imagens dos animais africanos dos lados do quadrado.As crianças jogam o dado e a imagem do bicho que cair para cima deve ser explorada com movimentos variados como: imitar o som, a locomoção, desenhar, modelar ou cantar uma música correspondente.

Conclusões:
Participação individual e em grupo em cada etapa de trabalho.
Elaboração das pesquisas, de cartazes, ensaio das músicas e coreografias, etc

Atividades:

Primeiro Ciclo Final, Segundo Ciclo Inicial e Segundo Final

· Hora da surpresa (em cada sala uma surpresa concreta, dentro de uma caixa, para os alunos adivinharem);

· Leituras compartilhadas pelo (a) professor (a);

· Leituras compartilhadas, pelos alunos;

· Rodas de conversas:

· Músicas (audição e canto. Ex: Partida de Futebol, de Skank);

· Conhecendo alguns fenômenos do futebol;

· Apresentação do mascote da copa;

· Criação de um mascote para representar a seleção brasileira;

· Estudo da obra de Candido Portinari, Futebol em Brodósqui, observar, descrever, comparar, fazer suposições, imaginar, fazer releitura, como por exemplo, com cerâmica;

· Interpretar várias letras de músicas;

· Leitura de charges;

· Confeccionar: bandeirolas, faixas, cartazes, etc;

· Demonstração de como as informações de imagem e som viajam de um ponto a outro do planeta. (Leve uma corda para a classe e provoque uma ondulação de uma ponta à outra do fio. Mostre que não há nada sendo transportado por ela, só energia. O mesmo vale para o rádio e a televisão. Ondas invisíveis de som e imagem utilizam o espaço para se propagar, viajando em altíssima velocidade);

· Pesquisa sobre os efeitos do doping e comparação com aditivos e suprimentos alimentares usados em academias;

· Estudo do funcionamento do corpo dos atletas durante as partidas. O que é adrenalina? Quando ela é liberada? Quais os seus efeitos? Quais os nutrientes necessários para um bom preparo físico?

· Discussão sobre o regulamento atual do esporte, para propor novas regras para um torneio intercalasses;

· Organização de partidas que misturem meninos e meninas. Vale futebol, vôlei, handebol, basquete...

· Visita a um clube para conhecer a rotina dos jogadores;

· Análise atenta dos jogos da Copa, identificando jogadas, táticas e movimentações;

· Discussão sobre as causas da violência nos estádios- e sugestões de como solucionar esse grave problema social;

· Levantamento dos espaços - públicos e privados - usados para a prática do futebol na vizinhança da escola;

· Confecção de um mapa com todos os países participantes da Copa, com destaque para o fuso horário de cada um (o conceito de fuso horário), mostrando concretamente, com o globo o por que;

· A Copa também dar sentido ao mapa-múndi e a muitos nomes, fatos e conhecimentos geográficos e históricos (quem já tinha ouvido falar na República dos Camarões antes de os “leões africanos” aparecem no cenário futebolístico, no Mundial de 1990); coloca no mesmo campo inimigos políticos (em 1998, os jogadores de Irã e Estados Unidos trocaram flores no gramado);

· Aproveitar a ocasião para explicar a dinâmica do sistema capitalista ( observar, ler e anotar a quantidade de marcas de patrocínio estampadas nos estádios e nas roupas dos jogadores para que percebam que não é só o futebol que está em jogo, mas o comércio de produtos, os atletas estão inseridos num sistema econômico que vê tudo como mercadorias).

· Discussão sobre o patriotismo que surge na época da Copa, questionando pó que ele não se mantém vivo em outros momentos, mas também os exageros com bebidas, drogas, sexo, violência, etc;

· Pesquisa de expressões futebolísticas que foram incorporadas ao vocabulário corrente: qual o significado original de cada uma dessas expressões e o uso que ela ganhou no idioma fora do contexto esportivo;

· Comparação da linguagem usada pelos locutores de rádio e televisão com o texto escrito nos jornais e nas revistas para descrever os jogos;

· Exercícios para desenvolver a argumentação, habilidade fundamental em qualquer conversa;

· Construção de gráficos para avaliar a evolução dos times;

· Identificação de formas geométricas no campo;

· Utilização de conhecimentos de geometria para entender as regras e as jogadas; ensaiadas - que podem ser reproduzidas numa maquete;

· Confecção de uma tabela com pontos ganhos, ranking de artilheiros, saldo de gols e outros dados significativos sobre o torneio;

· Análise das informações de tabela da Copa do Mundo para solucionar problemas e fazer projeções estatísticas

· Criar problemas.

Culminância:

A Escola vai sendo preparada ao longo dos estudos e atividades, de forma que cada turma organize seu mural com o que for sendo sistematizado, com imagens, textos, pinturas, comentários, vídeos, etc

Anexos:

O país do futebol

Por Renato Marques

“Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol!
Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol!

No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil é só futebol
Nesses noventa minutos
De emoção e alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora”

Há mais de vinte anos, Elis Regina já cantava, nos versos de Milton Nascimento e Fernando Brant, algo que fica mais claro a cada edição da Copa do Mundo: o Brasil pára para ver o futebol. Como poucos elementos de nossa cultura, o esporte - que, curiosamente, não foi inventado em terras brazucas - se mistura à nossa identidade. Não por acaso, nossos jogadores são os mais valiosos, o maior jogador da história é o nosso craque Pelé e só a nossa seleção é penta. Todo mundo tenta, mas...

Desde o início do ano, a grande maioria das empresas já se prepara para articular um meio de organizar o horário dos seus funcionários para os dias de jogos da seleção brasileira. O que deve ser inimaginável em alguns países (interromper o trabalho para que os empregados vejam um jogo) é praxe no Brasil. Difícil seria fazer com que o serviço rendesse bem na hora de um jogo de Copa. Por que, então, os brasileiros amam tanto o futebol? Dá para explicar?

Dá, se ultrapassarmos o limite do esporte. “Antes de tudo, há uma questão cultural importante. O futebol chegou aqui há mais de um século e vem evoluindo junto com a cultura brasileira. Isso é inegável”, explica Michel Fauze Mattar, professor da FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado). “O aspecto social do futebol no Brasil também é muito forte porque é uma modalidade que exige baixo investimento em termos de prática. Na verdade, tendo uma bola e um grupo de pessoas, você já tem futebol. Isso fez com que ele se difundisse de maneira muito fácil.”

Quando chegou ao Brasil, em 1894, na bolsa do estudante Charles Miller, que trouxe a primeira bola e um livrinho de regras, o futebol encontrou a sociedade ideal para desenvolvê-lo. À época, ainda éramos um país que consolidava sua estrutura administrativa (tínhamos nos tornado república apenas cinco anos antes), predominantemente rural e pobre. A simplicidade do esporte fez com que crescesse junto com a incipiente sociedade brasileira. Prova disso é que, durante os estudos na Inglaterra, Miller aprendeu a praticar Críquete e Rúgbi - práticas que também trouxe para cá.

Agora, pense: quantos jogos de Críquete você assistiu na sua vida? Ou, melhor: consegue imaginar um Flamengo X Fluminense (ou Coritnhians X São Paulo, Atlético X Cruzeiro, Bahia X Vitória, Sport X Santa Cruz, etc, etc, etc) de Rúgbi?

O esporte certo, no lugar certo, na hora certa...

O ‘milagre’ do futebol foi ter se encaixado perfeitamente à sociedade brasileira, quando ambos estavam se estruturando. “O futebol está muito ligado ao nosso processo de urbanização. Ele se consolidou como uma forma de integração que se desenvolveu com muita propriedade no Brasil. Tenho a impressão que somente no Brasil esse tipo de prática se desenvolveu com tanta ênfase”, relata o sociólogo da UnB (Universidade de Brasília), Antonio Flávio Testa. “No Brasil, o futebol está incorporado a essas práticas de lazer, ao espírito lúdico que foi desenvolvido no Brasil durante o século XX com muita propriedade.”

Portanto, gostamos do futebol porque, como nenhuma outra modalidade, ele nos conhece intimamente. E nós a ele. Em cada campinho de rua, de várzea, nas quadras do bairro, o Brasil construiu uma expressão cultural e social, muito mais que uma modalidade de sucesso. Por isso, também, a relação dos brasileiros com o esporte criou seus padrões próprios de torcer, de jogar, e que são admirados ao redor do mundo.

“Na Europa, houve um outro tipo de organização. A Alemanha sempre foi uma potência no futebol, mas se desenvolveu de outra forma. A prática se dava em outro lócus, em clubes, quadras mais organizadas. Aqui no Brasil, não. A coisa foi na bola de meia, na bola de papel. Você dá uma bola qualquer para as crianças brincarem e elas jogam no asfalto, no cimento, no campo de terra”, diz Testa. “O futebol as pessoas jogam até descalços, não tem muita dificuldades”, complementa Mattar.

Em todos os locais, em todas as camadas

Esse perfil do futebol fez com que ele se espalhasse por todas as camadas da sociedade brasileira - passando longe dos rótulos de ‘esporte de pobre’ ou ‘elitizado’. “Quando a gente compara a relação Brasil/futebol com outros países, que tem outras modalidades fortes, como a Venezuela, essa referência no Brasil fica evidente. O que eu sei é que, no Brasil, em termos numéricos, essa paixão é muito forte e absoluta”, diz Mattar.

“Uma coisa nós podemos dizer: a relação da sociedade brasileira com o futebol não tem equivalência. Talvez os hooligans na Inglaterra sejam algo semelhantes. Mas, no Brasil, todas as classes sociais convergem para o futebol nos momentos mais célebres, como a Copa do Mundo”, acrescenta Testa. “A relação da sociedade brasileira com o futebol é original, peculiar. Não podemos mais descartar esse elo emocional entre o futebol e a sociedade. Mesmo na Europa, esse elo é muito forte. Só que é diferente. O apelo emocional é maior no Brasil.

Jogo de Bola

Cecília Meireles

A bela bola
rola:

a bela bola do Raul.

Bola amarela,
a da Arabela.

A do Raul,
azul.

Rola a amarela
e pula a azul.

A bola é mole,

é mole e rola.

A bola é bela,
é bela e pula.

É bela, rola e pula,
é mole, amarela, azul.

A de Raul é de Arabela,
e a de Arabela é de Raul.

Análise do Poema “JOGO DE BOLA” - CECÍLIA MEIRELES

O poema de Cecília Meireles “Jogo de bola" trata-se de um trava língua, no qual, os fonemas ( vogais e consoantes) vão atuando e dando os efeitos necessários ao texto.

Há um repetitivo aparecimento de consoantes, porém, a única que está presente em todas os vocábulos é o fonema <>, que encontra-se na última sílaba de cada palavra ( bela , bola , rola , Raul , amarela , Arabela , azul , pula , mole ), formando uma seqüência de rimas, esse fonema é oral constritivo lateral sonoro alveolar. Veja a transcrição fonética onde localiza-se o fonema <>:
/bεla/ /b la/ /R la/ /Raul/ /amarεla/ /arabεla/ /azul/ /pula/ /m le/ A única consoante surda existente é a consoante <>, que também é oral oclusiva bilabial, aparece no vocábulo /pula/.

O fonema <>, que é bilabial sonoro oclusivo oral, aparece repetindo-se sucessivamente, tendo sempre como sílaba tônica a sílaba onde esse fonema está presente, então, sendo paroxítona em todas as palavras ( bela , bola , Arabela ) .

Quanto às vogais, não há ditongo e tritongo, no entanto, existe um hiato no vocábulo Raul = Ra-ul .

Percebe-se ainda que a vogal <> não está presente, porque é uma vogal não arredondada anterior alta, portanto causa um efeito de sentido importante no leitor, pois, as vogais arredondas especificam a própria forma do objeto bola.

Pra Frente Brasil (Copa De 1970)

Hinos de Futebol

Composição: Miguel Gustavo

Noventa milhões em ação
Pra
frente Brasil
Do meu coração

Todos juntos vamos
Pra frente Brasil
Salve a Seleção

De repente é aquela corrente pra frente
Parece que todo o Brasil deu a mão
Todos ligados na mesma emoção
Tudo é um só coração!

Todos juntos vamos
Pra frente Brasil, Brasil

Salve a Seleção

Observação: não esquecer que agora são cento e vinte milhões

Partida de Futebol


Skank

Bola na trave não altera o placar
Bola na área sem ninguém pra cabecear
Bola na rede pra fazer um gol
Quem não sonhou ser um jogador de futebol?

A bandeira no estádio é um estandarte
A flâmula pendurada na parede do quarto
O distintivo na camisa do uniforme
Que coisa linda, é uma partida de futebol

Posso morrer pelo meu time
Se ele perder, que dor, imenso crime
Posso chorar se ele não ganhar
Mas se ele ganha, não adianta
Não há garganta que não pare de berrar

A chuteira veste o pé descalço
O tapete da realeza é verde
Olhando para bola eu vejo o sol
Está rolando agora, é uma partida de futebol

O meio campo é lugar dos craques
Que vão levando o time todo pro ataque
O centroavante, o mais importante
Que emocionante, é uma partida de futebol

O goleiro é um homem de elástico
Só os dois zagueiros tem a chave do cadeado
Os laterais fecham a defesa
Mas que beleza é uma partida de futebol

Bola na trave não altera o placar
Bola na área sem ninguém pra cabecear
Bola na rede pra fazer um gol
Quem não sonhou ser um jogador de futebol?

O meio campo é lugar dos craques
Que vão levando o time todo pro ataque
O centroavante, o mais importante
Que emocionante, é uma partida de futebol !

Verde e amarelo

Roberto Carlos

Verde e amarelo, verde e amarelo (coro)
Boto fé, não me iludo
Nessa estrada ponho o pé, vou com tudo
Terra firme, livre, tudo o que eu quis do meu país
Onde eu vou vejo a raça
Forte no sorriso da massa
A força desse grito que diz: "É meu país"

Verde e amarelo (coro)

Sou daqui, sei da garra
De quem encara o peso da barra
Vestindo essa camisa feliz do meu país
Tudo bom, tudo belo
Tudo azul e branco, verde e amarelo
Toda a natureza condiz com o meu país

Verde e amarelo, verde e amarelo (coro)

Só quem leva no peito esse amor, esse jeito
Sabe bem o que é ser brasileiro
Sabe o que é:

Verde e amarelo, verde e amarelo (coro) - repete

Bom no pé, deita e rola
Ele é mesmo bom de samba e de bola
Que beleza de mulher que se vê no meu país
É Brasil, é brasuca
Esse cara bom de papo e de cuca
Tiro o meu chapéu, peço bis pro meu país

Verde e amarelo, verde e amarelo (coro)

(solo guitarra)

Verde e amarelo (coro)

Boto fé, não me iludo
Nessa estrada ponho o pé, vou com tudo
Terra firme, tudo o que eu quis é o meu país
É Brasil, é brasuca
Esse cara bom de papo e de cuca
Tiro o meu chapéu, peço bis pro meu país

Verde e amarelo, verde e amarelo (coro)

Verde e amarelo (coro)

É a camisa que eu visto

Verde e amarelo (coro)

Azul e branco também

Verde e amarelo (coro)

É Brasil, é brasuca

Verde e amarelo, verde e amarelo (coro)

Boto fé, não me iludo
Nessa estrada ponho pé, vou com tudo...


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