Curta metragem espetacular:Os fantásticos livros voadores do Sr. Lessmore

http://www.youtube.com/watch?v=eHxebCIXavw
Reflexão: fantásticos livros voadores do Sr. Lessmore

O curta é inspirado em Buster Keaton, ator, autor e diretor de comédias,de cinema mudo, americano . Considerado o grande rival de Charles Chaplin.

Eis um curta-metragem, de animação, muito bem feito, baseado em eventos e pessoas reais.

O mesmo, conforme seus autores, foi inspirado, em medidas iguais, pelo furacão Katrina, em Buster Keaton, Mágico de Oz e um amor pelos livros.
“Morris Lessmore," O fantástico voo, além de valorizar o poder de voar na imaginação da literatura, une realidade e ficção.É uma história de pessoas que dedicam suas vidas aos livros.

Nenhuma palavra é proferida no filme. Entretanto, a linguagem não verbal é perfeitamente compreendida por qualquer pessoa que o assista, em qualquer parte do mundo. Independentemente de ter sido produzido nos Estados Unidos.
Três importantes elementos ficam evidenciados no filme: livro, leitura e leitor. Levando-nos à compreensão de que inexistem isoladamente. O livro só é livro( pragmaticamente falando) se houver leitor ativo, portanto se houver leitura.

O furacão destrói a cidade imaginária. O caos vai se estabelecendo nas cores preto e branco. Colorido só o leitor e o livro, mas estes também vão ficando escuros na medida em que se dão conta do ocorrido.

As cores renascem através dos livros voadores, numa alusão as perspectivas que o mundo da leitura nos oferece.
Mas a principio o "leitor passivo" não percebe a importância do voo...

Para reconstruir-se, como ser humano, mas principalmente como leitor, o homem busca as cores, os liros voadores. A principio busca a reconstrução num livro que aparece em branco, como se fosse sua memória tentado se conectar.

Entretanto o mundo vai se delineando pelas lembranças das leituras passadas.
O livro sem letras e o mundo sem palavras... Seria de fato um mundo sem cor, sem imaginação. O livro vai trazendo vida e cor para a existência do leitor.
O livro da vida vai sendo escrito a cada dia.
O leitor dar vida a Biblioteca, ressaltada pela boa música, pelo eterno movimento dos livros, os empréstimos de livros, etc.
Livros sem idade, imortais. Embora doentes pelos degastes materiais.
Através do voo imaginário, os livros nos rejuvenescem.
Entretanto sua construção é lenta porque escolhe caminhos equivocados. Primeiro ele dá importância ao livro em si: estantes, restauração, biblioteca, etc. Um livro imaginário o guia, mostra-lhe o caminho, mas este só é percebido quando ele se encontra como leitor. Sua memória flui, os livros passados vão voltando, um a um, em cores, e seu repertório vai aumentando e com ele a proficiência vai se estabelecendo.
O voo acontece quando ele, ao renascer como leitor faz-se também escritor, não mais em preto em branco. Um livro cheio de vida e de cor.
O leitor morre, mas permanece vivo, pelo seu legado.






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