Às vezes temos que ouvir cada uma!
Escutei de uma pessoa, por esses dias: “_Estava falando com fulana e chegamos a uma conclusão. As pessoas deveriam conhecer sua essência e ver com ela é boa! É preciso ver o que esta por trás da casca. A ESSÊNCIA”!
Na hora não prestei atenção na sublimidade dessa fala. Mas hoje, na tranquilidade do meu domingo, me peguei refletindo sobre.
Espera ai, é preciso conhecer minha essência?
Perdoa-me, mas isso esta me machucando e tenho que externar meu pensamento.
Lembrei-me do que aprendi no Catecismo da Igreja Católica: o pecado é "uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Foi definido como uma palavra, um ato ou um desejo contrário à lei eterna" (CIC 1849). Resumidamente, o pecado é uma ação contrária ao amor de Deus. Do mesmo modo que o homem é livre para amar e praticar a caridade, também é livre para desobedecer.
Hoje, já bem distante de minha infância, me apodero desse conceito para falar de minha Essência, a qual parece tão clara, transparente, translucida para mim e tão obscura para os outros.
O melhor de mim e que tento aprimorar dia após dia, incessantemente chama-se DEUS. Foi sempre por esse Deus que habita em mim que nunca assassinei ninguém, nunca roubei, nunca violei meu corpo com vícios de autodestruição, nunca passei por cima das pessoas para vencer, nunca me prostitui para conseguir beneficies, nunca menti para prejudicar as pessoas. Enfim, o Deus que habita em mim vive sempre me alertando e me ajudando a crescer como SER humana.
Lembrei ainda dos pecados capitais:
1. Gula- desejo insaciável em geral de comida e bebida e também comer e comer sem pensar nos outros;
2. Avareza- apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro;
3. Inveja- desejo exagerado por posses, status, habilidades e tudo que outra pessoa possui;
4. Soberba- conhecida também como vaidade ou orgulho. Está associada ao orgulho excessivo, arrogância e vaidade;
5. Preguiça- falta de capricho, de esmero, de empenho. Negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, inatividade acentuada;
6. Luxúria- desejo passional e egoísta por todo o prazer corporal e material;
7. Ira- forte desejo de causar mal à outrem.
Agora a pergunta que não quer calar.
Que casca que uso para esconder minha essência? Equilibrar forças para não cometer pecados contra mim e contra os outros é aparentar ser má, esconder a essência?
Não! Definidamente não!
Não vivo de aparências. Minha essência não é fútil, não é mentirosa, não é assassina, não é ladra, não é vil.
Divido tudo com os outros, inclusive o conhecimento. Não sou orgulhosa. Não tenho vergonha do que sou e não escondo emoções para mostrar uma fortaleza que não esta em mim. Trabalho e trabalho muito. Respeito os outros, inclusive o dinheiro público. Pratico o desapego como rotina. Não tenho desequilíbrio sexual e nem vivo pelo hedonismo, em detrimento de outrem.
Portanto, aqui o meu recado: sou humana, erro, peco e choro. Como, amo e rezo. Mas tudo no limiar do certo e do errado e sempre me revendo para melhoria continua.
Então não me venhacom essa história que uso casca, mas minha essência é boa. Que sou assim, mas tenho minhas qualidades. Chega de conversa fiada. Sou clara como a luz do dia. Não escondo minhas sombras. Lido com elas e não sei ser hipócrita.
Estou em crescente mutação.
Antes de me analisar olhe-se no espelho, no âmago do ser. És santa/o?
De minha análise cuido eu. O divã não é bicho papão para mim.
Não sou santa nem diaba, só HUMANA.
Cada um(a) cuide de si. Antes de me analisar e tentar descobrir algo bom em mim procure em si.
Quem sabe descubra que aquilo que chama de casca em mim seja uma projeção de si?
domingo, 1 de março de 2015
CHEGA DE PSEUDOSANTO/A ME ANALISANDO
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
E agora Maria: Resumo do curta-metragem Vida Maria
Resumo do filme: “Vida de Maria”.
VIDA MARIA. Direção Marcio Ramos. 3º Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo, Trio Filmes, VIACG. DVD (8 min. e 34 seg), 2006.
O curta- metragem Vida Maria (2006) apresenta como personagem principal uma menina, Maria José, aparentando está na idade da pré-escola, e sua trajetória de vida como menina-mulher que vive no sertão nordestino. A primeira cena trás Maria escrevendo seu nome e a mãe reclamando. Mandando-a trabalhar lá fora. Deixando claro que ela está perdendo tempo com esta atividade. Depois o curta vai se desenvolvendo à medida que a menina vai crescendo, sempre trabalhando, até atingir a mocidade, casar-se e ter filhos. Sua face marcada por rugas se contrapõe a sua idade cronológica em face da dureza do trabalho a que se submete diariamente, pois mesmo com a aparência muito envelhecida ela gera uma menina, a qual reproduzirá sua própria história de vida e a vida de muitas mulheres anônimas, assinaladas como Marias, que vivem histórias similares.
Todas as mulheres analfabetas ou analfabetas funcionais que povoam o cenário rural do Nordeste, ou mesmo de outras regiões pobres e longínquas e que são, desde a tenra idade, criadas para o casamento, a procriação e a labuta são contempladas no curta-metragem em análise. Maria José carrega consigo essa herança cultural e será ela também agente transmissora desta cultura pela sua subjetividade ou identidade social. A qual sinaliza que as crianças precisam ajudar na labuta diária, perdendo o direito de estudar e de brincar.
O crescimento da menina vai sendo marcado num compasso de cenas que começa com ela escrevendo e a mãe dizendo que ela está perdendo tempo em desenhar o nome e que deve ir para fora trabalhar, sempre em situação de dureza, reeditando a vida da mãe, de suas antepassadas e a sua própria com sua filha. Mostrando assim a reprodução da ideologia subjacente à vida de muitas mulheres pobres desse país, em especial as rurais.
O filme tem seu ponto forte no folhear das páginas do caderno, em principio de Maria, que folha a folha vai trazendo nomes de tantas outras meninas-mulheres, nome muito comum no Nordeste, que tiveram suas infâncias ceifadas por esta cultura e que só poderá ter um fim se pudermos estancar essa realidade com políticas públicas de educação, eficientes e eficazes. Ações não pontuais, mas de erradicação do analfabetismo e com geração de oportunidades para todos e todas. Do campo ou da cidade. De qualquer cor, raça, credo, orientação sexual, poder econômico etc.
Ana Lúcia de Souza Silva
VIDA MARIA. Direção Marcio Ramos. 3º Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo, Trio Filmes, VIACG. DVD (8 min. e 34 seg), 2006.
O curta- metragem Vida Maria (2006) apresenta como personagem principal uma menina, Maria José, aparentando está na idade da pré-escola, e sua trajetória de vida como menina-mulher que vive no sertão nordestino. A primeira cena trás Maria escrevendo seu nome e a mãe reclamando. Mandando-a trabalhar lá fora. Deixando claro que ela está perdendo tempo com esta atividade. Depois o curta vai se desenvolvendo à medida que a menina vai crescendo, sempre trabalhando, até atingir a mocidade, casar-se e ter filhos. Sua face marcada por rugas se contrapõe a sua idade cronológica em face da dureza do trabalho a que se submete diariamente, pois mesmo com a aparência muito envelhecida ela gera uma menina, a qual reproduzirá sua própria história de vida e a vida de muitas mulheres anônimas, assinaladas como Marias, que vivem histórias similares.
Todas as mulheres analfabetas ou analfabetas funcionais que povoam o cenário rural do Nordeste, ou mesmo de outras regiões pobres e longínquas e que são, desde a tenra idade, criadas para o casamento, a procriação e a labuta são contempladas no curta-metragem em análise. Maria José carrega consigo essa herança cultural e será ela também agente transmissora desta cultura pela sua subjetividade ou identidade social. A qual sinaliza que as crianças precisam ajudar na labuta diária, perdendo o direito de estudar e de brincar.
O crescimento da menina vai sendo marcado num compasso de cenas que começa com ela escrevendo e a mãe dizendo que ela está perdendo tempo em desenhar o nome e que deve ir para fora trabalhar, sempre em situação de dureza, reeditando a vida da mãe, de suas antepassadas e a sua própria com sua filha. Mostrando assim a reprodução da ideologia subjacente à vida de muitas mulheres pobres desse país, em especial as rurais.
O filme tem seu ponto forte no folhear das páginas do caderno, em principio de Maria, que folha a folha vai trazendo nomes de tantas outras meninas-mulheres, nome muito comum no Nordeste, que tiveram suas infâncias ceifadas por esta cultura e que só poderá ter um fim se pudermos estancar essa realidade com políticas públicas de educação, eficientes e eficazes. Ações não pontuais, mas de erradicação do analfabetismo e com geração de oportunidades para todos e todas. Do campo ou da cidade. De qualquer cor, raça, credo, orientação sexual, poder econômico etc.
Ana Lúcia de Souza Silva
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Nascemos resilientes?
Existem características que com o passar do tempo se tornam imprescindíveis para qualquer profissional do mercado. Atualmente, tem um grande destaque para os contratantes a necessidade de resiliência perante mudanças e adversidades. Mas o que é e como conquistar essa qualidade?
Segundo Lucienne Baldez, especialista em treinamento e desenvolvimento da Innovia Training e Consulting, o termo resiliência, foi emprestado da física; que utiliza esta palavra para avaliar a capacidade de um material retornar ao seu estado normal, após sofrer pressão. Para as ciências humanas, este termo tem sido utilizado para avaliar a capacidade das pessoas agirem positivamente frente às adversidades.
“As pessoas resilientes, são capazes de lidar com problemas, conflitos ou situações estressantes, sem se abalar emocionalmente. Elas conseguem manter otimismo, confiança e autocontrole nas situações mais inesperadas e conflitantes”, explica Baldez. Contudo, diferente do que a maioria das pessoas imagina, a capacidade de resiliência não nasce com as pessoas e sim pode e deve ser desenvolvida.
Assim, a especialista da Innovia pontuou os três passos para quem deseja desenvolver essa qualidade:
- O primeiro passo é ter consciência do que é resiliência, de sua importância para o profissional e para a organização.
- O segundo passo é conhecer métodos e ferramentas eficazes, para adquirir atitudes resilientes.
- O terceiro passo é colocar em prática estas ferramentas e tornar estas práticas um hábito.
“Nenhuma mudança comportamental é adquirida sem conhecimento, prática e treino. No começo não é tão simples, mas com empenho, perseverança e ferramentas adequadas, se conseguirá descobrir que ser resiliente é a ferramenta mais importante e a mais utilizada pelos profissionais de sucesso”, conta Baldez.
Algumas características são marcantes em uma pessoa resiliente, nos quais podem ser destacados dentre os quais:
1. Não ter medo de encarar novidades e mudanças, vendo essas como oportunidades – o profissional que se mostra motivado perante as mudanças no ambiente de trabalho geralmente são as primeiras a serem chamadas para debates de novos caminhos e projetos das empresas;
2. Autoestima elevada no ambiente de trabalho – uma pessoa com autoconfiança terá menos dificuldade ao ver mudanças no seu ambiente de trabalho, e o mais importante se sentirá preparado para novos desafios;
3. Estar emocionalmente estável – uma característica da pessoa resiliente é saber que sempre ocorrerão altos e baixos no ambiente de trabalho, contudo, mesmo perante dificuldades é imprescindível que se mantenha as emoções estáveis, respondendo adequadamente as demandas;
4. Possuir valores e princípios positivos – pessoas com valores e princípios morais bons, em sua maioria tem uma maior facilidade de ouvir e entender, pois sabe respeitar o espaço do outro e isso é fundamental em horas de mudanças;
5. Ser sociável e ter uma boa rede de network – Quanto mais a pessoa tiver empatia com os demais profissionais, mais fácil será para lidar com condições de crises e mudanças e maior será o auxílio que conquistará no processo de mudança.
Além desses, vários outros pontos também devem ser desenvolvidos para as pessoas que querem desenvolver a capacidade de resiliência, como otimismo e bom humor. Contudo, nenhuma é impossível de se desenvolver, mas é necessária uma reflexão e a vontade de realmente querer mudar. No mercado se observa muitos profissionais que se dizem resilientes contudo são na realidades os mais resistentes a mudanças neles mesmos, que é o primeiro passa para aceitar as mudanças
http://cloudcoaching.me/1lpzc39#.U6LjOW3orIU
Segundo Lucienne Baldez, especialista em treinamento e desenvolvimento da Innovia Training e Consulting, o termo resiliência, foi emprestado da física; que utiliza esta palavra para avaliar a capacidade de um material retornar ao seu estado normal, após sofrer pressão. Para as ciências humanas, este termo tem sido utilizado para avaliar a capacidade das pessoas agirem positivamente frente às adversidades.
“As pessoas resilientes, são capazes de lidar com problemas, conflitos ou situações estressantes, sem se abalar emocionalmente. Elas conseguem manter otimismo, confiança e autocontrole nas situações mais inesperadas e conflitantes”, explica Baldez. Contudo, diferente do que a maioria das pessoas imagina, a capacidade de resiliência não nasce com as pessoas e sim pode e deve ser desenvolvida.
Assim, a especialista da Innovia pontuou os três passos para quem deseja desenvolver essa qualidade:
- O primeiro passo é ter consciência do que é resiliência, de sua importância para o profissional e para a organização.
- O segundo passo é conhecer métodos e ferramentas eficazes, para adquirir atitudes resilientes.
- O terceiro passo é colocar em prática estas ferramentas e tornar estas práticas um hábito.
“Nenhuma mudança comportamental é adquirida sem conhecimento, prática e treino. No começo não é tão simples, mas com empenho, perseverança e ferramentas adequadas, se conseguirá descobrir que ser resiliente é a ferramenta mais importante e a mais utilizada pelos profissionais de sucesso”, conta Baldez.
Algumas características são marcantes em uma pessoa resiliente, nos quais podem ser destacados dentre os quais:
1. Não ter medo de encarar novidades e mudanças, vendo essas como oportunidades – o profissional que se mostra motivado perante as mudanças no ambiente de trabalho geralmente são as primeiras a serem chamadas para debates de novos caminhos e projetos das empresas;
2. Autoestima elevada no ambiente de trabalho – uma pessoa com autoconfiança terá menos dificuldade ao ver mudanças no seu ambiente de trabalho, e o mais importante se sentirá preparado para novos desafios;
3. Estar emocionalmente estável – uma característica da pessoa resiliente é saber que sempre ocorrerão altos e baixos no ambiente de trabalho, contudo, mesmo perante dificuldades é imprescindível que se mantenha as emoções estáveis, respondendo adequadamente as demandas;
4. Possuir valores e princípios positivos – pessoas com valores e princípios morais bons, em sua maioria tem uma maior facilidade de ouvir e entender, pois sabe respeitar o espaço do outro e isso é fundamental em horas de mudanças;
5. Ser sociável e ter uma boa rede de network – Quanto mais a pessoa tiver empatia com os demais profissionais, mais fácil será para lidar com condições de crises e mudanças e maior será o auxílio que conquistará no processo de mudança.
Além desses, vários outros pontos também devem ser desenvolvidos para as pessoas que querem desenvolver a capacidade de resiliência, como otimismo e bom humor. Contudo, nenhuma é impossível de se desenvolver, mas é necessária uma reflexão e a vontade de realmente querer mudar. No mercado se observa muitos profissionais que se dizem resilientes contudo são na realidades os mais resistentes a mudanças neles mesmos, que é o primeiro passa para aceitar as mudanças
http://cloudcoaching.me/1lpzc39#.U6LjOW3orIU
quarta-feira, 18 de junho de 2014
SOBRE EMPATIA: 5 DICAS
5 dicas para desenvolver a empatia
Atualmente parece que todos estão falando em EMPATIA, de líderes empresariais a líderes religiosos. Empatia é o ato criativo de ver e entender as situações sob o ponto de vista do outro.
Você já pensou em praticar e desenvolver a empatia? Veja algumas dicas:
1. Aprenda a ouvir com empatia
Os relacionamentos saudáveis sempre passam pelo bom uso da empatia, e nós sabemos disso! Será que em uma discussão qualquer você nunca disse: gostaria que você entendesse o meu ponto de vista? Ou ainda: Coloque-se no meu lugar….
Saber ouvir com empatia é se concentrar com quem você fala, ouvindo seus sentimentos e suas necessidades e não apenas escutando o que ele diz.
Todos, inclusive você, gostam de serem ouvidos e compreendidos.
2. Conversa com estranhos
Um bom treino para desenvolver a empatia é conversar com estranhos, procurando observar as suas emoções e a linguagem não falada. Minha sugestão é ir um pouco além daquela conversa inconsequente sobre o tempo, mas algo mais denso que proporcione uma pequena reflexão em ambas as partes. Elevadores, viagens aéreas, filas em geral, etc. são locais ideais para esta pratica.
3. Faça algo diferente
Você poderá aumentar a sua capacidade em ver sob o ponto de vista do outro se proporcionar a você oportunidades diferentes em sua vida, isto é, fazer algo diferente do usual. Exemplos: se você é uma pessoa metódica e organizada, em suas próximas férias faça uma viagem sem uma programação definida, utilize hostels ou pousadas. Por mais difícil que possa parecer para você, tire um ou dois dias por mês para ir ao trabalho de transporte público, deixe seu carro na garagem…. Faça como a maioria de seus funcionários…
4. Seja um “revolucionário”
Uma forma importante de aumentar seus níveis de empatia é juntar com outros para, juntos, realizarem trabalhos voluntários ou atividades para o bem comum. Seja um ativista em uma área que lhe agrade.
Atividades em grupo também são boas para aumentar o nível de empatia, seja um esporte coletivo, cantar em um coral, etc.
5. De asas à sua imaginação
Bons livros remetem a sua imaginação a lugares nunca antes imaginados.
Filmes que tratam de características sociais diferentes de seu dia-a-dia farão com que você tenha uma nova visão da realidade. Algumas sugestões: Cidade de Deus, Hotel Ruanda, Historias Cruzadas e outros filmes que apresentem cenários e comportamentos diferentes do nosso.
Alguns filmes indicados ao Oscar em 2014 são excelentes para este exercício, veja mais em
http://www.estacaofeminina.com.br/setima-arte/o-oscar-e-a-questao-humana
Atualmente parece que todos estão falando em EMPATIA, de líderes empresariais a líderes religiosos. Empatia é o ato criativo de ver e entender as situações sob o ponto de vista do outro.
Você já pensou em praticar e desenvolver a empatia? Veja algumas dicas:
1. Aprenda a ouvir com empatia
Os relacionamentos saudáveis sempre passam pelo bom uso da empatia, e nós sabemos disso! Será que em uma discussão qualquer você nunca disse: gostaria que você entendesse o meu ponto de vista? Ou ainda: Coloque-se no meu lugar….
Saber ouvir com empatia é se concentrar com quem você fala, ouvindo seus sentimentos e suas necessidades e não apenas escutando o que ele diz.
Todos, inclusive você, gostam de serem ouvidos e compreendidos.
2. Conversa com estranhos
Um bom treino para desenvolver a empatia é conversar com estranhos, procurando observar as suas emoções e a linguagem não falada. Minha sugestão é ir um pouco além daquela conversa inconsequente sobre o tempo, mas algo mais denso que proporcione uma pequena reflexão em ambas as partes. Elevadores, viagens aéreas, filas em geral, etc. são locais ideais para esta pratica.
3. Faça algo diferente
Você poderá aumentar a sua capacidade em ver sob o ponto de vista do outro se proporcionar a você oportunidades diferentes em sua vida, isto é, fazer algo diferente do usual. Exemplos: se você é uma pessoa metódica e organizada, em suas próximas férias faça uma viagem sem uma programação definida, utilize hostels ou pousadas. Por mais difícil que possa parecer para você, tire um ou dois dias por mês para ir ao trabalho de transporte público, deixe seu carro na garagem…. Faça como a maioria de seus funcionários…
4. Seja um “revolucionário”
Uma forma importante de aumentar seus níveis de empatia é juntar com outros para, juntos, realizarem trabalhos voluntários ou atividades para o bem comum. Seja um ativista em uma área que lhe agrade.
Atividades em grupo também são boas para aumentar o nível de empatia, seja um esporte coletivo, cantar em um coral, etc.
5. De asas à sua imaginação
Bons livros remetem a sua imaginação a lugares nunca antes imaginados.
Filmes que tratam de características sociais diferentes de seu dia-a-dia farão com que você tenha uma nova visão da realidade. Algumas sugestões: Cidade de Deus, Hotel Ruanda, Historias Cruzadas e outros filmes que apresentem cenários e comportamentos diferentes do nosso.
Alguns filmes indicados ao Oscar em 2014 são excelentes para este exercício, veja mais em
http://www.estacaofeminina.com.br/setima-arte/o-oscar-e-a-questao-humana
domingo, 9 de fevereiro de 2014
domingo, 2 de fevereiro de 2014
sábado, 12 de outubro de 2013
Carta a Lucinha
Carta a Lucinha.
Campina Grande, 12 de Outubro de 2013
Querida e amada Lucinha, bom dia, boa tarde e boa noite, sempre!
Quero te falar um pouco sobre o que penso a respeito de nós duas. Mas primeiro vou falar um pouco desse dia em que resolvi te procurar.
Hoje é um dia que foi convencionado como “dia da criança”.
Muitos pais tratam todos os dias como momentos de amor às suas crianças, inclusive as interiores. Amam e cuidam dos seus filhos e amam a eles próprios.
Outros tantos, infinitamente tantos, lembram, nesse dia, que tem criança em casa e por isso vão aos shoppings (onde existe), mercados de brinquedos, sorveterias, lanchonetes, cinemas, parques, praças etc. Nesse momento as gargalhadas misturam-se aos choros das quedas, nas tentativas das primeiras pedaladas dos primeiro velocípedes, das tão sonhadas bicicletas. Pequeninos colos embalam sofisticados ou simples bebezinhos comprados de última hora, os quais foram acalentados em sonhos ingênuos, desprovidos de malicia, reproduzindo a reinvenção da vida. Mas são os games e as últimas invenções tecnológicas e de comunicação que substituem os vínculos afetivos, no atual modelo de sociedade, mais veementemente.
Para inúmeras crianças os brinquedos, num dia marcadamente consumista, se constituem na única expressão de vínculo afetivo com quem os gerou. Entretanto há também àquelas que nem a isso tem direito. Transitam de um lado para o outro, a esmo, sem rumo. Cadê o pai? Cadê a mãe? Cadê a sociedade? Não, não tem ninguém!
Eu poderia enumerar aqui um milhão de problemas que rodeiam as crianças pálidas, cálidas, rebeldes “insanas”, essencialmente excluídas de todas as instancias de uma vida tranquila a que têm direito, marcadas pela ausência de afeto, como garantia de uma fase adulta sem as doenças da mente, as neuroses.
Mas quem está preocupado com isso quando dois corpos se procuram na ânsia pelo prazer? O que é a possibilidade de um bebê diante de três segundos de êxtase, em que rostos transfigurados e enlouquecidos perdem a noção de passado, presente ou futuro. O que importa as consequências?
Mas você é tão menina para entender isso, não é mesmo Lucinha?
Entendo que não refletes, apenas sofra e pensa que esquece e esquece que o supostamente esquecido é dor. Chora e em seguida sorri, depois sorri e em seguida chora. Assim a vida vai se constituindo. Vida? Que vida?
Segundo o dicionário Aurélio, a palavra amor é um substantivo masculino que denota afeição viva por alguém ou por alguma coisa, como amor a Deus, ao próximo à pátria, à liberdade. É um sentimento apaixonado por outra pessoa [...] Zelo, dedicação...
Percebo que amor foi algo meio atrapalhado para ti. Foi sempre assim: uma migalha ali e depois retirada acolá.
Primeiro sufocada pelo zelo do papai e do vovô, os dois brigando para saber a quem pertencias. Dois homens, os mais importantes da tua vida, lutando pela bela menininha de cabelo negro e cacheado, rechonchuda e extremamente inteligente. Sua mãe, ainda enlutada com a perda imatura e bem recente do seu primogênito, grávida de mim, enraivada, tomada por suas angústias e dores psíquicas, próprias do luto, destilava suas neuras na ausência do afeto desses dois homens por ela, mas também na ausência física deles em casa.
Quantos sentimentos dúbios? O papai que nada permitia, mas apegava-se como sanguessuga( única expressão de afeto), o avô que fazia todos os gostos ( lembrança de um rosto amável) e assim crescendo. Mas tinha também a mãe odiosa que não te beijava, não oferecia o colo e nem um afago. Assim foste crescendo.
A segunda feira era dia de alegria e de tristeza, dia da certeza da chegada dos dois homens que disputavam você, mas também da partida deles de volta ao sitio.
Da manhã da terça até a manhã da outra segunda o rancor da mãe a tornava uma madrasta má, assumia formas e contornos de crueldade que se cristalizavam em duras e cortantes palavras “_Você não é nada, é uma peste, não sei o que veio fazer no mundo, vá fazer os serviços, carregue água na cabeça, cuide dos seus irmãos, arrume a casa, cuide da comida, não saia de casa, não brinque, não faça xixi na cama, durma nesse colchão de capim esburacado, estude, não queira ser rica e quando eu chegar vou ta matar de tanto que surra se uma coisinha dessas não tiver do jeito que quero”.
Quanta dor Lucinha! Ainda escuto o eco dos seus gritos, seu choro sufocado! Chaleira de água quente jogada em tua direção, toras de lenha em chama, cabos de vassoura... Ai, ai, ai, ai, ai [...] “_Pode bater, não vou mais sentir”. Pode matar! Dizia você, pobre menina.
Tudo piorou com a morte da pequenina e adorável irmãnzinha, e em consequencia a do seu vovô ( que não suportou a depressão, por sentir-se culpado pela morte da menina). A mãe agora somava outras dores, que se revelavam no martírio a que submetia teu corpo ainda tão criança, assim como sua mente.
O seu frágil corpo de menina moça tornou-se alheio as dores. As da mente você nem percebia, pois se rebelava e recriava outro EU, centrada no seu próprio mundo: solitário, sonhador, rebelde, transgressor. Matava aula, fugia, se acidentava, achava a dor natural e ia sobrevivendo. Mas dentro de si, no âmago do seu ser uma chama tênue permanecia alimentando seu sonho maior: SER GENTE. Amar e ser amada. Reconhecer-se como pessoa. Amar-se!
Virara uma mocinha. Queria ser bela! A odiosidade que provocava em uns e a inteligência decantada para outros não era bastante para chamar a atenção sobre si mesma. Tinha que ser rica, ter belas roupas, pois as poucas que dispunha eram escondidas pela mãe num baú com chave de segredo para que não saísse de casa. Pensava que assim seria admirada e amada. Outros atropelos vieram. Mais uma vez a crueldade bateu a sua porta.
E como diz o pernambucano Alceu Valença, compositor e interprete:
“E tudo vira desejo
Desejo e nada mais [...]
Na triste praça da paz”.
Você cresceu fisicamente, mas essa menina tão linda, em especial pela capacidade de sobreviver ao caos, não quer deixar a mulher fazer-se presente, aflorar. As dores não foram superadas, o grito continua preso na garganta e basta um minúsculo fenômeno que remonte ao passado e as carências vão aparecendo, se unindo e se agigantando, formando um monte, um todo! Um todo nojento, ornado por tantos outros traumas que se somaram em consequência dos eventos primários, como que para justificá-los.
Mas eu estou aqui hoje para te ajudar a perdoar tudo! Venha para meu colo. Eu te amo muito. Acho-te um ser humano lindo e não viesse ao mundo para sofrer. Viesse para SER iluminada, mas principalmente para iluminar. Tua missão é bela. Eu te apoiarei na visita a teu coração, a tua mente, a cada célula do teu infinito SER, a sarar essas feridas com uma expressão de amor e de perdão, nós faremos grande colheita. Eu te ajudarei a cumprir essa missão e nós duas seremos felizes. Você ficará em paz no teu mundo de criança e eu me farei mulher!
Venha, não é uma carona. Estou a tua disposição. Vamos viver as coisas antigas com um novo olhar, sob a ótica do perdão! Eu te amo e sempre te amarei e agora a história é outra.
Você não está mais sozinha. Tens a mim. Mostrar-te-ei porque erraram contigo. Vamos voltar e descer os degraus da escada de nossas vidas bem juntinhas, num passinho de cada vez. Levar-te-ei no colo e, quando percorrermos todos os labirintos que nos esperam, segurarei firmemente a tua pequenina mão. Destruirei todos os monstros que atrapalharam teu sono e que diminuíram tua capacidade de sonhar. Chorarei contigo, enxugarei tuas lágrimas e te farei sorrir quando tudo tiver passado. Vamos recuperar teu EU e reconstituir o MEU! Vamos olhar aquele inferno, encarando-o de frente, tornando-o claro. Vamos repicar os sinos em agradecimento ao cosmo por essa possibilidade de renascimento.
Perceberás como és linda, como de te emana um facho de luz que transcende a compreensão humana e que provoca àqueles que precisam desse teu brilho para serem percebidos, bela Lucinha!
Vamos, não demore, a jornada é longa! Encontraremos sombras, as tuas e as minhas também, mas nós as clarearemos com nosso esplendor, as faremos translúcidas.
Depois que você se reencontrar a paz tomará conta de ti e eu poderei retornar serenamente, subindo os degraus da escada com firmeza e tranquilidade, pois terei a certeza que ficasse muito bem na tua própria companhia. E, ao chegar ao topo poderei abrir a porta da maturidade sem medo, pois atrás de mim estará uma linda menina plena e feliz, a qual nunca esquecerei.
Eu sou você hoje e você eu no passado, não sou reeditada, mas reestruturada com traços de ternura e de afeto tecidos delo perdão.
Beijos minha menininha!
Nalú
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